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Pesquisa revela medo da COVID-19 entre piauienses

A pesquisa, realizada virtualmente, através das redes sociais, capturou a opinião de 2.257 pessoas, em todo o estado, nos dias 24 e 25 de março

Foto: Tyba.comMais de 94% da população revela medo com o coronavirus
Mais de 94% da população revela medo com o coronavirus

Nesse momento de pandemia mundial, a humanidade é dominada por muitos sentimentos, por vezes conflitantes. Tristeza, amor, desespero, raiva, medo, fé, esperança, compaixão, etc. são comuns neste momento de tanta tragédia e incertezas. Porém, o medo é um dos sentimentos que certamente prevalecem no ser humano, diante de uma situação de crise talvez sem precedentes, na qual a própria humanidade se vê ameaçada. É o que revela pesquisa de opinião recente realizada pelo Instituto Amostragem em todo o Piauí.

Os números são assustadores, porém refletem o estado psíquico e psicológico dos piauienses em tempos de isolamento social, quarentena e notícias alarmantes quanto à grave doença que se espalhou pelo planeta, matou dezenas de milhares em países de vários continentes, e levou a economia global à recessão. Segundo o Amostragem, 94,31% da população têm medo da epidemia da COVID-19, sendo que 35,43% revelaram ter muito medo. Não era para menos. Apenas 4,54% disseram não ter medo do coronavírus.

A pesquisa, realizada virtualmente, através das redes sociais, capturou a opinião de 2.257 pessoas, em todo o estado, nos dias 24 e 25 de março. Foram consultadas 1.625 pessoas residentes no interior do estado, e 622 em Teresina. O nível de preocupação e temor do povo do interior é ainda maior do que o da capital, de forma surpreendente, talvez pelo menor acesso à informação, aspecto teoricamente considerado essencial no processo de conscientização dos habitantes do Piauí, em relação à gravidade do problema.

Medo no interior

O aspecto referente ao nível de informação a respeito da COVID-19, porém, não é considerado no escopo do trabalho. No interior, 95,33% dos entrevistados demonstraram ter medo, sendo que 59,88% indicaram muito medo da moléstia; e 35,45%, pouco medo. Entre os teresinenses, 91,64% registraram medo – 56,27%, muito medo; e 35,37%, pouco medo. Tanto temor, por outro lado, tem levado a mudanças positivas de comportamento, felizmente, informando que medidas de prevenção individual e coletivas estão sendo adotadas.

De acordo com o Amostragem, 98,31% dos entrevistados indicaram ter adotado medidas de prevenção contra o surto do novo coronavírus, e só 1,07% responderam não estar adotando medidas preventivas; 0,62% não quiseram ou não souberam responder. Entre as medidas apontadas, as que predominaram se referem a lavar as mãos (92,61%), ficar em casa (89,32%), evitar bares, restaurantes e eventos (88,21%), usar álcool gel (73,79%), adiar viagens (65,73%) e trabalhar em casa, o chamado home service (52,29%).

Outro dado interessante revelado na pesquisa diz respeito à atuação dos gestores municipais, estadual e federal. Para 61,9% dos entrevistados, a atuação da Prefeitura de Teresina foi considerada boa ou ótima; 50,42% avaliaram o governo estadual como bom ou ótimo; e 53,54% consideraram boa ou ótima a atuação do Ministério da Saúde. Já as prefeituras do interior foram avaliadas como boas ou ótimas, por 48,31%. De certa forma, o Amostragem demonstra que em geral a população tem confiado nas autoridades. Até o momento.

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