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Padre bolsonarista diz que "Deus não mandou a pandemia, mas permitiu"

De acordo com o padre Reginaldo Manzotti, a pandemia do coronavírus teve o consentimento de Deus

Foto: Jovem PanPadre Reginaldo Manzotti
Padre Reginaldo Manzotti

O padre Reginaldo Manzotti afirmou que a pandemia do coronavírus não é um castigo de Deus. "Deus não mandou a pandemia, mas permitiu", afirmou. "Por que isso está acontecendo? Quais são as lições?", continuou.

De acordo com o padre, estamos vivendo um novo momento da pandemia, em que há muito receio. Os relatos dele foram publicados pela Jovem Pan.

"Depois do medo, agora vem o pânico, o receio de ser contaminado, o receio da insegurança econômica, do que vai ser. As pessoas passaram do medo para uma depressão, uma intolerância muito grande", lamentou.

O religioso afirmou que a sociedade talvez não aprenda as lições da pandemia. "Sinceramente não sei se passada a pandemia teremos aprendido a grande lição, como consciência de casa comum", disse. 

Segundo Manzotti, "temos uma visão muito equivocada entre profano e sagrado, como se o mundo fosse profano e as coisas sagradas estivessem na igreja”. "Ou você é cristão 25 horas por dia ou você não é nada", continuou. "Nós não somos gavetas, é um todo".

Já Bolsonaro, subestimou a pandemia em algumas ocasiões. No dia 22 de junho, ele disse que "talvez tenha havido um pouco de exagero" na maneira como a pandemia foi tratada. Chegou a classificá-la como uma "gripezinha", em março, e perguntou "e daí?" ao ser questionado sobre os cinco mil mortos pela doença, em abril.

O Brasil ocupa o segundo lugar no ranking global de casos (2,9 milhões) e mortes (98 mil) provocadas pelo coronavírus. Só perde para os Estados Unidos, com 5 milhões de infectados e 162 mil óbitos. 

Foto: TV BrasilO padre já participou um especial de Páscoa ancorado pelo presidente Jair Bolsonaro,na TV Brasil. Onde o presidente virou ”apresentador” da TV Estatal, paga pelo dinheiro público
O padre já participou um especial de Páscoa ancorado pelo presidente Jair Bolsonaro, na TV Brasil. Onde o presidente virou ”apresentador” da TV Estatal, paga pelo dinheiro público

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