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"O que Bolsonaro quer é praticar a eugenia", sugere Arnaldo Lichtenstein

A eugenia é associada ao “melhoramento da raça” efetivamente praticado por médicos sob o comando de Hitler

Foto: Brasil 247Arnaldo Lichtenstein
Arnaldo Lichtenstein

 

Do Viomundo

O médico Arnaldo Lichtenstein resumiu no Jornal da Cultura qual é a proposta de enfrentamento de Jair Bolsonaro para a pandemia do coronavírus no Brasil: a prática da eugenia (ver vídeo).

Deixar que o coronavírus se espalhe livremente, tirar do governo a responsabilidade de fazer qualquer “gasto”, matar os idosos e vulneráveis e atender aos interesses dos jovens que querem frequentar academias — ontem, em decreto que vários governadores já informaram que não vão obedecer, o governo Bolsonaro incluiu academias e salões de beleza e barbeiros nas chamadas “atividades essenciais”.

A eugenia é associada ao “melhoramento da raça” efetivamente praticado por médicos sob Hitler, na Alemanha nazista.

Porém, a pseudociência nasceu da tentativa de justificar os crimes do imperialismo especialmente depois da partilha da África, quando se buscou em laboratório a comprovação da superioridade racial dos brancos, com o surgimento de especialidades médicas — como a “craniometria”.

A eugenia ganhou grande força no início do século 20 nos Estados Unidos, onde milhares de pessoas foram submetidas a tratamentos para não se reproduzir — de gente com traços de síndrome de down a mendigos considerados “improdutivos”.

Essa história foi brilhantemente retratada no livro War Against the Weak — guerra contra os fracos.

Ontem (11/05), a Confederação Israelita protestou contra o uso, pela Secretaria de Comunicação do governo Bolsonaro, de um slogan que remete à frase “o trabalho liberta”, que está escrita sobre o portão principal dos campos de extermínio de Auschwitz, na Polônia.

A frase foi utilizada em vídeo da Secom sobre o enfrentamento da pandemia.

O secretário Fabio Wajngarten respondeu que a frase foi tirada de contexto para se encaixar “numa narrativa” de adversários do governo.

Agora veja outras participações do Dr. Arnaldo Lichtenstein no Jornal da Cultura, inclusive falando sobre o uso da cloroquina no tratamento da covid-19.

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