O "Mercado" quer saber: quem seria o ministro da Casa Civil de Sérgio Moro?
Agentes do mercado financeiro tem pontuado, o problema não é econômico, e sim político

Há alguns dias, o ex-juiz Sérgio Moro discursou para 40 convidados do Credit Suisse, em um evento do mercado financeiro. Embora a plateia tenha gostado do discurso do ex-ministro do governo Bolsonaro, que foi voltado para reformas liberais, os gestores da “Faria Lima” ainda não têm certeza sobre a viabilidade de um possível governo Moro, que pode se candidatar à presidência em 2022. A informação é da jornalista Malu Gaspar, do jornal O Globo.
O mercado teria aprovado o fato de Moro estar se assessorando com o economista Afonso Celso Pastore. O problema está em outra pasta: a da casa civil.
De acordo com Malu Gaspar, o “risco Moro”, que alguns agentes do mercado financeiro tem pontuado, não é econômico, e sim político. Eles temem que o ex-ministro não consiga um bom trânsito no Congresso Nacional devido a sua atuação na operação Lava Jato, da qual muitos parlamentares se tornaram alvo.
Por causa disso, o que mais interessa para o mercado é saber quem seria o ministro da Casa Civil de Moro, que é quem tem a função de articulação política com o legislativo.
A depender do nome escolhido, esse ministro é que poderá vir a ser o “posto Ipiranga” de Moro em um eventual – e muito pouco provável – governo.
Segundo a jornalista do Globo, o personagem mais lembrado para essa função é o ex-governador do Espírito Santo, Paulo Hartung (MDB). Nos últimos meses, ele tem se reunido com gestores e executivos de bancos e com pré-candidatos da chamada terceira via. Hartung estaria trabalhando por uma chapa de consenso.
Deixe sua opinião: