O golpe está aí...
E não se trata de cair ou não como se diz no popular, mas, de sofrer... nesse caso, irá padecer quem quer e quem não quer

Por Waldílio Siso, professor de História (UFPI)
Quando o atual presidente do Brasil e candidato a reeleição Jair Messias Bolsonaro diz que não aceitará nenhum resultado diferente de sua vitória no primeiro turno, citando eventos, em especial as comemorações do 7 de setembro, em que ele foi recebido por grandes multidões, e estaria a se pautar no "Data Povo", ele não está sendo ingênuo e tirando conclusões enviesadas, por estar olhando meramente para sua bolha, definitivamente não se trata disso.
Bolsonaro, na verdade, segue consolidando o terreno para questionar, em um arroubo golpista, o resultado das urnas, pois percebe, e é claro que percebe, sua iminente derrota. Golpes sempre são precedidos de pretextos e assim, irresponsavelmente, ele informa a sua claque que irá resistir, a la invasão do capitólio nos Estados Unidos estimulada por Donald Trump que em 2020 perdeu as eleições para John Biden.
Por aqui, ainda não se sabe a real força e a concreta disposição das instituições civis do poder executivo e dos outros dois poderes (legislativo e judiciário) para barrar a sanha ditatorial do atual presidente da República, que, pelo menos ao que parece, tem apoio incondicional do Exército Brasileiro.
Nesse sentido, faz-se mais ainda necessário e de suma importância para democracia, a derrota de Bolsonaro no primeiro turno. Dar uma sobrevida a ele, seria agravar ainda mais o quadro fragilizado por que passa nesse momento o Estado democrático de direito e as instituições republicanas brasileiras.
O golpe está aí... e não se trata de cair ou não como se diz no popular, mas, de sofrer... nesse caso, irá padecer quem quer e quem não quer.
Deixe sua opinião: