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Na CPI, Sintetro fala das demissões no setor de Transporte em Teresina

Segundo ele, muitos estariam com problemas psicológicos diante das dificuldades financeiras enfrentadas

Foto: Roberta Aline/Cidadeverde.comCPI do Transporte Público
CPI do Transporte Público

cidadeverde.com - No primeiro depoimento na CPI do Transportes da Câmara de Teresina, o presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Transporte Rodoviário do Piauí (Sintetro), Ajuri Dias, afirmou que 70% dos trabalhadores do setor foram demitidos desde o início da pandemia. Ele denúncia que o Setut teria se negado a negociar com a categoria.

Segundo ele, os trabalhadores acumulam perdas de direitos. Muitos estariam com problemas psicológicos diante das dificuldades financeiras enfrentadas. 

"Em março de 2020, iniciou os problemas do sistema. No início da pandemia, o presidente do Setut havia assinado um termo de aditivo e nesse período o presidente era o Fernando Feijão. Eles assinaram um acordo salarial. Com a pandemia, o Setut deixou de pagar salários e benefícios e diminuiu os salários. A partir disso, só temos perdido. Começaram as demissões. 70% foram demitidos, além de quem fez acordo perdendo direitos. Chegamos ao ponto em que alguns estão com problemas psicológicos. Outros vivem com doações e ajuda dos parentes.  Trabalhamos por diária", disse Ajuri.

De acordo com Ajuri, o Setut tem desrespeitado acordos e protelado as oportunidades de negociações.

"Isso foi gerado pelo Setut. Em nenhum momento o Setut fez alguma menção de fazer acordo com sindicato. A categoria só tem acumulado perdas. Além do desrespeito do Setut. Em nenhum momento valorizou o trabalhador. Em todos os estados foi feito acordos menos no Piauí. O Setut não quer negociar. Quer protelar para ganhar tempo e os trabalhadores se enfraquecendo. O trabalhador é o mais frágil", afirmou. 

O presidente da CPI, vereador Dudu, afirma que a comissão não  quer fazer "caça às bruxas", mas busca encontrar soluções para a questão.

Eles afirmam que perderam direitos como plano de saúde e tiket alimentação. Segundo ele, essa situação começou a partir de março de 2020. 

"Não queremos fazer um trabalho inquisidor. Queremos uma resposta para que o povo tenha um transporte público de qualidade. Ao longo dos anos, o tranporte da capital sofre um desmonte. Toda prestação de serviço quando não é a altura da clientela vai sumindo. O transporte também é do mesmo jeito. Não podemos ter as pessoas precisando de ônibus sem acesso. Por isso, a CPI irá ouvir a parte fragilizada que são os trabalhadores do sistema. Essa Casa não deixou no invisível o problema  dos trabalhadores. Sempre procuramos essa Casa e pedimos socorro. A CPI decidiu ouví-los", disse.

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