Pensar Piauí

Margarete Coelho: a relatora das "impunidades"

No início ela se mostrou reticente em aceitar a relatoria de tão grande absurdo

Foto: GoogleMargarete Coelho
Margarete Coelho

Esta semana um dos temas do debate nacional foi a “PEC da Impunidade”.

Na esteira da prisão do deputado bolsonarista Daniel Silveira que queria a volta do AI-5 e fechamento do STF, a Câmara dos Deputados aprovou a admissibilidade da Proposta de Emenda à Constituição 3/21, que restringe a prisão em flagrante de parlamentar somente se relacionada a crimes inafiançáveis listados na Constituição, como racismo e crimes hediondos.

Na verdade esta proposta cria novas regras para a prisão de parlamentares e também altera as regras para a inelegibilidade, tornando mais difícil à aplicação de sanções previstas na Lei da Ficha Limpa. Se aprovada conforme foi apresentada o brucutu Daniel Silveira não teria sido preso e continuaria por aí fazendo suas bravatas.

Do Piauí, dois deputados - Merlong Solano e Rejane Dias - foram contrários à proposta.

Mas a coisa não fica feia para o Estado apenas porque os demais 8 deputados votaram favoravelmente.

A relatora das “impunidades” é piauiense, a deputada Margarete Coelho.

Ela pode dar entrevistas apelando para o "juridiques" e tentando justificar o injustificável, mas o que de fato aconteceu é que sua biografia ficou manchada indelevelmente. 

No início ela se mostrou reticente em aceitar a relatoria de tão grande absurdo, mas por ser próxima do presidente da Câmara, Arthur Lira, a progressista aceitou ir para o sacrifício. 

Isto faz lembrar uma frase de outra deputada progressista e também piauiense, Iracema Portela: "exclusivamente por orientação partidária, mas com sentimento de tristeza meu voto é sim" . 

Ah! Essa mulheres do Progressista...quanta autonomia! 

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