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Lula sobre relação com Congresso: “Conversar com quem não gosta da gente”

Declaração é uma referência aos obstáculos que Lula vem encontrando no Legislativo, principalmente na Câmara, para aprovar MPs e projetos

Foto: Reprodução/metropolesLula em evento na UFABC
Lula em evento na UFABC

 

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) falou nesta sexta-feira (2/6), durante evento na Universidade Federal do ABC (UFABC), em São Bernardo do Campo (SP), sobre as dificuldades que vem enfrentando no Congresso Nacional para aprovar medidas de interesse do Palácio do Planalto.

“É um esforço governar. Não é só ganhar a eleição… Tem que conversar com quem não gosta da gente, com quem não vota na gente.”

“A esquerda toda tem, no máximo, 136 votos, isso se ninguém faltar. Para votar uma coisa simples, precisa de 257”, afirmou o petista sobre a correlação de forças no Congresso. E acrescentou que para “aprovar emendas constitucionais a necessidade de votos na Câmara é ainda maior”.

As declarações fazem referência aos obstáculos que o governo vem encontrando no Legislativo, principalmente na Câmara dos Deputados.

O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), principal líder do Centrão, teria estipulado condições para não travar a aprovação de pautas importantes, como a medida provisória que reorganiza a Esplanada dos Ministérios.

Lira teria exigido designar aliados para o Ministério da Saúde e para as três pastas atualmente ocupadas por indicados do União Brasil: Comunicações, Turismo e Integração Nacional.

Taxa de juros

O Congresso não foi o único alvo do presidente. Lula também voltou a criticar a política monetária do Banco Central (BC).

“Gasto é a gente pagar 13,75% de juros para o sistema financeiro deste país”, disse ele em referência à manutenção da taxa de juros básicos em 13,75% ao ano. A Selic segue no maior nível desde novembro de 2016.

Desde que assumiu o governo, Lula tem atacado Roberto Campos Neto, presidente do BC, indicado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

Novo bloco

O bloco Zeta da UFABC é um prédio construído no campus de São Bernardo, que vai abrigar 22 laboratórios de pesquisa científica e inovação tecnológica nas mais diversas áreas, como genética, desenvolvimento energético e equipamentos médicos. Há um laboratório, por exemplo, destinado ao desenvolvimento de inovações em doenças cardíacas complexas.

O bloco que abriga esse laboratório tem 5,8 mil metros quadrados e conta também com 12 laboratórios de iniciação científica, além de salas de aula voltadas para a pós-graduação.

A construção do novo bloco contou com financiamento do governo federal, por meio do orçamento da UFABC, do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (Finep) e de emendas parlamentares, além de recursos individuais de deputados federais. O valor total de investimento foi de R$ 28,5 milhões.

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