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“João de Deus de Socorro”: abusos incluíam “óleo na vagina” e toques no pênis

O homem era protegido por mãe de santo, dizem vítimas

Foto: Montagem Pensar Piauí“João de Deus de Socorro”
“João de Deus de Socorro”

 

O líder espiritual Jessey Maldonado Monteiro, 49, foi acusado de praticar abusos sexuais durante sessões espirituais em 14 vítimas, em Socorro, interior de São Paulo. As denúncias incluem relatos de oferecimento de água “essencial”, aplicação excessiva de óleo nas partes íntimas e contato inapropriado com o pênis nas mãos das mulheres.

Uma mãe de santo está sendo acusada de aliciar vítimas consideradas mais vulneráveis e proteger Jessey. Relatos das vítimas indicam que a mãe de santo, ciente das acusações, tentava abafar as denúncias. Ela foi convocada para prestar depoimento à Polícia Civil, mas não compareceu. 

Jessey é alvo da operação “João de Deus Socorrense”, que tem seu nome em referência ao líder religioso condenado por abusos em Abadiânia (GO). Além de atuar como líder espiritual, Maldonado chefiava o setor de radiologia da Santa Casa de Socorro, havendo indícios de abusos contra pacientes do hospital.

Os abusos praticados por Jessey também ocorriam em sessões de umbanda, onde ele, autointitulado detentor de “poderes superiores”, afirmava curar dores físicas e emocionais. Durante as sessões, o criminoso pedia para que as mulheres tirarem o sutiã, alegando a necessidade de massagem. Ele aplicava uma grande quantidade de óleo na região vaginal. As vítimas, em estado de negação, se questionavam se estavam erradas.

Na residência do suspeito, foram encontrados brinquedos sexuais, seringas, câmeras, remédios e armas de fogo. Jessey foi preso na última segunda-feira (15).

 Com informações do DCM

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