Economia

Inflação no último ano do governo Bolsonaro fecha com alta de 5,79%, diz IBGE

Alimentos e bebidas, principalmente, puxaram o índice


Foto: EBCInflação
Inflação

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) subiu 0,62% em dezembro e fechou o ano em alta de 5,79%, informou nesta terça-feira (10) o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

A inflação ultrapassou a meta estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). A meta para o IPCA era de 3,5%, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual.

A alta mensal e a taxa anualizada ficaram acima da expectativa do mercado, que era de 0,44% e 5,60% pelo consenso Refinitiv, respectivamente.

Todos os nove grupos de produtos e serviços pesquisados pelo IBGE tiveram alta em dezembro.

Destaques

A maior variação no mês (1,60%) e o maior impacto (0,21 p.p.) vieram de Saúde e Cuidados Pessoais, que acelerou em relação ao resultado de novembro (0,02%). A segunda maior contribuição, de 0,14 ponto, veio de Alimentação e Bebidas, que ficou com alta de 0,66%. Juntos, os dois grupos representaram cerca de 56% do impacto total do IPCA de dezembro.

A segunda maior variação veio de Vestuário (1,52%), cujo resultado ficou acima de 1% pelo quinto mês consecutivo. Transportes (0,21%) e Habitação (0,20%) desaceleraram ante o mês anterior, quando registraram 0,83% e 0,51%, respectivamente. Os demais grupos ficaram entre 0,19% de Educação e 0,64% de Artigos de residência.

A alta de Saúde e Cuidados Pessoais está relacionada ao aumento nos preços dos itens de higiene pessoal (3,65%), em particular os perfumes (9,02%). Em novembro, os preços dos perfumes caíram 4,87%; com a alta de dezembro, o subitem contribuiu com o maior impacto individual no índice do mês, 0,09 ponto.

Além disso, também houve alta nos preços dos artigos de maquiagem (5,42%) e dos produtos para pele (3,85%). Os planos de saúde (1,20%) seguiram com a mesma variação do mês anterior, refletindo a incorporação da fração mensal dos reajustes dos planos novos e antigos para o ciclo de 2022 a 2023.

O resultado do grupo Alimentação e bebidas (0,66%) foi puxado pela alimentação no domicílio (0,71%). Destacam-se as altas nos preços do tomate (14,17%), do feijão-carioca (7,37%), da cebola (4,56%) e do arroz (3,77%). No lado das quedas, os preços do leite longa vida (-3,83%) caíram pelo quinto mês seguido, contribuindo com -0,03 ponto porcentual no IPCA de dezembro.

Na alimentação fora do domicílio (0,51%), o lanche (1,10%) acelerou frente a novembro (0,42%), enquanto o resultado da refeição (0,19%) ficou abaixo do mês anterior (0,36%).

No grupo Vestuário (1,52%), as roupas femininas tiveram a maior variação (2,10%) e o maior impacto (0,03 p.p.) entre os itens pesquisados. Além disso, os preços das roupas masculinas (1,55%), das roupas infantis (1,46%) e dos calçados e acessórios (1,09%) também subiram mais de 1% em dezembro.

Com informações do Infomoney

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