Política

Haddad critica salário milionário de Moro: “Equivalente a um tríplex e um sítio”

O ex-juiz Sergio Moro recebeu R$ 3,5 milhões em apenas um ano de atuação na consultoria estadunidense Alvarez & Marsal

  • sábado, 29 de janeiro de 2022

Foto: ReproduçãoHaddad e Moro
Haddad e Moro

O ex-ministro Fernando Haddad (PT), pré-candidato do governo de São Paulo, usou as redes sociais nesta sexta-feira (28) para criticar o ex-juiz e ex-ministro Sergio Moro (Podemos), pré-candidato à Presidência, em razão da revelação do supersalário que Moro recebeuno contrato com a consultoria estadunidense Alvarez & Marsal.

“Enquanto Lula é inocentado de todas as falsas acusações contra ele, ficamos sabendo que Moro recebeu o equivalente a um tríplex e a um sítio por apenas um ano de trabalho na empresa que presta serviços para a Odebrecht”, escreveu Haddad no Twitter.


Moro recebeu um total de US$ 656 mil,o equivalente a R$ 3,537 milhões, nos 12 meses em que atuou na consultoria estadunidense Alvarez & Marsal. O contrato foi firmado em 23 de novembro de 2020 e terminou em 26 de novembro de 2021.

Esse salário milionário representa um saldo de cerca de R$ 10 mil por dia.

Apesar de dizer que “não enriqueceu”, o valor pago pela consultoria a Moro representou uma mudança no padrão de vida do ex-ministro, que passou a receber 8 vezes mais do que ganhava quando atuava no governo de Jair Bolsonaro (PL).

Até abril de 2020, Moro tinha um salário de R$ 30.934,70 mensais no Ministério da Justiça. A partir de novembro daquele ano, ele passou a ganhar 45,8 mil dólares por mês. Usando a conversão atual, o montante mensal ficaria em R$ 246 mil. Isso sem contar o bônus inicial de 150 mil dólares, equivalente a R$ 805 mil.

Fim do caso do Tríplex do Guarujá

Nesta quinta-feira (27), o ex-presidente Lula (PT) teve mais uma vitória na Justiça. A juíza Pollyana Alves seguiu o pedido do Ministério Público Federal (MPF) e arquivou o caso do tríplex do Guarujá (SP).

Como Lula tem 76 anos, os procuradores alegam que não teriam tempo hábil de retomar a investigação antes da prescrição do caso. Na peça, a juíza cita também a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que julgou o ex-juiz Sergio Moro parcial no processo contra Lula. Com a anulação, o caso teria que recomeçar do zero.

Para o MPF, o oferecimento da denúncia não tem base processual. Dessa forma, o caso chegou definitivamente ao fim e o ex-presidente não tem mais nenhuma ação envolvendo esse processo. Além de Lula, o caso foi arquivado para José Adelmário Pinheiro Filho e Paulo Tarciso Okamotto, também septuagenários.

Em nota, Cristiano Zanin Martins e Valeska Teixeira Martins, advogados de Lula, reforçaram o quanto o encerramento definitivo do caso reforça que ele serviu apenas “para que alguns membros do Sistema de Justiça praticassem lawfare contra Lula”.

O processo do Sítio de Atibaia foi encerrado em setembro por falta de provas.

Siga nas redes sociais

Deixe sua opinião: