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Governo Bolsonaro cria estratégias para barrar CPI do MEC

Rodrigo Pacheco já sinalizou que não é favorável a abertura da CPI por causa das eleições

Foto: DivulgaçãoBolsonaro
Bolsonaro

DCM - O governo de Jair Bolsonaro tem trabalhado nos bastidores para barrar a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do MEC no Senado. A oposição conseguiu mais de 27 assinaturas – o mínimo necessário – mas o presidente da Casa, Rodrigo Pacheco (PSD), não parece disposto a permitir o prosseguimento do processo. Acredita-se que a CPI não deve andar.

O líder do governo no Senado, Carlos Portinho (PL), explicou que a ideia principal é defender que a fila de CPIs protocoladas seja seguida. Há enorme preocupação para não parecer que o ex-ministro Milton Ribeiro, preso na última quarta-feira (22) e soltou na quinta (23), não se sinta abandonado.

O governo tentará emplacar uma Comissão Parlamentar de Inquérito para investigar ONGs na Amazônia. Outra CPI que interessa os bolsonaristas é a apuração de narcotráfico no Norte e Nordeste. Ainda há um processo para apurar irregularidades em obras do Ministério da Educação.

“Não tem CPI do MEC ainda. Existe CPI apenas quando há assinaturas e elas são protocoladas. E há três CPIs na frente. Não pode haver seletividade”, declarou Portinho.

Rodrigo Pacheco já sinalizou que não é favorável a abertura da CPI por causa das eleições. E o partido do presidente Jair Bolsonaro, o PL, pretende negociar com o chefe do Senado para que a comissão seja barrada, tendo como principal argumento o pleito que ocorrerá em outubro.

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