Política

Governadores acenam a policiais para se oporem a Bolsonaro na eleição

Agentes de segurança são apontados como uma das bases de apoio do presidente

  • sexta-feira, 28 de janeiro de 2022

Foto: ReproduçãoBolsonaro e policiais
Bolsonaro e policiais

Policiais passaram a receber acenos de governadores de estados nos últimos meses. Esses governadores temem os movimentos políticos de Jair Bolsonaro (PL) com as forças de segurança nas eleições, diz reportagem da Folha de S.Paulo.

Esse movimento sinaliza uma aproximação dos chefes de Executivo estaduais com as forças de segurança em meio à proximidade das eleições de outubro.

Em 2021, durante a crise institucional provocada por Bolsonaro, episódios de rebelião e ações autônomas de policiais se sucederam em meio à retórica golpista do presidente da República.

Forças de segurança pública dos estados, como Polícia Civil, Polícia Militar, Corpo de Bombeiros, estão sob a alçada dos governos estaduais, o que leva as corporações a terem influência dos governos para a implantação de estratégias de atuação e de execução de políticas públicas.

No Ceará, onde a relação do governo com policiais militares é vista como tensa, o governador Camilo Santana (PT) tem se reaproximado da categoria.

No ano de 2020, um motim de policiais levou desgaste ao Palácio Abolição, fazendo com que houvesse uma escalada da violência no Ceará, com a necessidade de apoio da Força Nacional nas ruas. Além disso, o governador afastou policiais suspeitos de participarem do motim.

Um dos líderes políticos mais próximos da PM cearense é o deputado federal Capitão Wagner (Pros), que deve ser candidato a governador neste ano. Já Camilo Santana deve deixar o governo no início de abril para se candidatar ao Senado.

Para se contrapor a Wagner e evitar que ele domine a pauta da segurança pública, o governador Camilo tem feito acenos explícitos aos policiais.

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