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Gilmar Mendes diz que Brasil era governado por “gente do porão”

Sobre conhecimento de Moraes, ministro diz que depoimentos valem pouco porque mudam a toda hora e é preciso aguardar investigações

Foto: Nelson Jr./SCO/STFGilmar Mendes
Gilmar Mendes

O ministro do Supremo Tribunal Federal Gilmar Mendes disse que as falas do senador Marcos do Val (Podemos-ES) mostram que o país estava sendo governado “por uma gente do porão”.

Na quinta-feira (2), o senador declarou ter participado de uma reunião com o então deputado federal Daniel Silveira (PTB-RJ) e o ex-presidente Jair Bolsonaro, em Brasília, na qual Silveira propôs um plano de golpe de Estado.

“Mostra que a gente estava sendo governado por uma gente do porão. Isto é um dado da realidade. Pessoas da milícia do Rio de Janeiro, com protagonismo na política nacional”, afirmou Gilmar Mendes durante evento Lide em Lisboa, em Portugal.

“Isso que resulta quando vemos a nominata desses personagens e que mostra que temos que ter preocupação até na preservação da nossa integridade física”, disse Mendes.

O ministro afirmou que “a democracia mostrou sua importância” e que é preciso aguardar desfecho das investigações para se levantar possíveis envolvidos nas conversas.

“Nós já vimos ali quatro versões pelo menos, segundo vocês [jornalistas]. Segundo um bem humorado colega de vocês, seriam 18 versões, entre elas é que essa reunião era para celebrar o aniversário de Alexandre de Moraes, portanto isso está muito confuso”, afirmou, sobre as diferentes versões contadas por Marcos do Val.

“Pessoas têm contato, estiveram em contato, se comunicaram, têm comunicação telefônica, tudo isso será certamente investigado”, diz.

Questionado especificamente sobre o fato de Marcos do Val ter afirmado que o ministro Alexandre de Moraes tinha conhecimento da reunião que tratava sobre a tentativa de golpe, novamente afirmou que é preciso aguardar as conclusões das investigações.

“Não vou emitir juízo sobre essa questão. É um imbróglio tão indecifrável ainda vamos aguardar os desfechos das investigações. Os depoimentos agora valem tão pouco porque a toda hora conta-se uma nova versão.”

Com informações da CNN

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