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G20: IBGE destaca papel do Bolsa Família no combate à fome e à pobreza

Os dados comprovam que políticas públicas eficazes contribuem para reduzir desigualdades.

Foto: Lyon Santos/ MDSBeneficiários do Bolsa Família
Beneficiários do Bolsa Família

 

De acordo com a pesquisa, um em cada cinco lares brasileiros recebeu o benefício em 2023. A pesquisa também mostrou que a proporção de domicílios com pelo menos um beneficiário do programa chegou ao maior patamar da série histórica (19%) e que o programa diminuiu em 91,7% a pobreza na primeira infância. Os dados comprovam que políticas públicas eficazes contribuem para reduzir desigualdades.

Na presidência do G20, o Brasil propõe a criação de uma Aliança Global de Combate à Fome e à Pobreza. O País se destaca como referência na implementação de políticas públicas neste sentido, com experiências exitosas como o Bolsa Família, o Cadastro Único e o Programa Cisternas. Além de acumularem prêmios internacionais e serem estudados por outros países, os programas brasileiros já foram elogiados mundo afora por personalidades como o ex-presidente dos Estados Unidos Bill Clinton, um entusiasta do Bolsa Família, e Bill Gates, o fundador da Microsoft e presidente da Fundação Gates, que afirmou que é um grande fã do Brasil e que o mundo deveria aprender com as políticas públicas brasileiras. Ele citou o importante papel que o Bolsa Família, um dos muitos programas sociais brasileiros desenvolvidos ao longo das últimas décadas, tem na redução da pobreza.

Criação da Aliança: prioridade brasileira

Quando, no ano passado, o Brasil assumiu a Presidência do G20, em Nova Delhi, na Índia, a Aliança Global contra a Fome e a Pobreza, uma das prioridades do Brasil na liderança do G20, começou a ser trabalhada, a partir do objetivo do presidente Lula de garantir segurança alimentar e nutricional, com, no mínimo, três refeições por dia, para todos os brasileiros. A proposta apresentada pelo presidente brasileiro está diretamente relacionada com o cenário desafiador em que 735 milhões de pessoas no mundo passam fome, segundo dados da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO).

O objetivo da Aliança é oferecer uma cesta de Programas sociais de diversos países, já implementados e considerados eficientes, como o Bolsa Família, entre outros brasileiros, não só a membros do G20, mas a todas as nações que queiram implementar essas experiências exitosas em seus territórios,devendo escolher e aplicá-las. E também mobilizar recursos financeiros e conhecimento de onde são mais abundantes e canalizá-los para onde são mais necessários, apoiando a implementação e a ampliação da escala de ações políticas e de programas nacionais em cada país.

Para cumprir seus propósitos, a Aliança está baseada em três pilares: nacional, financeiro e de conhecimento. O primeiro, se refere à adoção de políticas efetivas pelos países membros, o segundo tem por objetivo compor e alinhar uma variedade de fundos globais e regionais, que existem para apoiar os países a implementar programas contra a fome e a pobreza, e o terceiro é a criação de um polo de conhecimento, dedicado à promoção de a assistência técnica e ao compartilhamento de experiências entre os membros da Aliança.

Foto: Ricardo StuckertWellington Dias, durante cerimônia de relançamento do Bolsa Família
Wellington Dias

 

Existe a expectativa de que a estrutura do texto da Aliança seja fechada na reunião do G20 que acontecerá em Teresina entre os dias 22 e 24 de maio, onde deverão ser definidos os instrumentos fundadores da Aliança, que serão firmados em junho, durante reunião ministerial no Rio de Janeiro, momento em que serão anunciados os membros fundadores, parceiros e financiamento para o lançamento da Aliança Global, e, em novembro, a Cúpula do G20 dará lugar ao lançamento, em alto nível, da Aliança Global contra a Fome e a Pobreza.

Com informações do G20

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