Pensar Piauí

Empresários piauienses acreditam que podem enfrentar a appficação

Eles estão na contramão do que pensa o engenheiro Roberto Moraes

Foto: Montagem pensarpiauíRoberto, Van e Tertulino
Roberto, Van e Tertulino

Na contramão do que prevê o engenheiro Roberto Moraes, em recente artigo publicado aqui no pensarpiauí, empresários piauienses acreditam que o comércio local sobrevive ao avanço das grandes redes nacionais ou corporações de varejo que hoje utilizam recursos da informática e da internet para potencializar suas vendas.

Segundo o engenheiro, essas redes, através do denominado fenômeno da APPficação, que se trata do uso dos aplicativos (APP) para compra e venda e a consequente explosão do e-commerce, tendem a engolir os comércios locais e regionais.

“Empresas estão se transformando em grupos (holdings) e, algumas do varejo que atuam no Brasil, já ultrapassaram a R$ 100 bilhões em termos de valor de mercado. Do lado dos pequenos e médios comerciantes, restam lojas fechadas, desempregos ou subempregos precários e sem direitos sociais”, analisa o engenheiro.

Presidente do Sindilojas, Tertulino Passos diz que  não acredita nesse processo. “Cada negócio tem seu público e o pequeno tem um atendimento diferenciado a cada cliente, por isso estes pequenos negócios sempre vão existir. Acredito que eles se complementam em relação a disponibilidade de produtos”, acrescenta. 

Empresaria do ramo de supermercados, Van Carvalho, do grupo Vanguarda, observa que o mercado está em constante transformação. “O que há de novo é a chegada de marcas associadas a grandes corporações globais. Mas isso é positivo para as redes locais e também para os clientes. A concorrência estimula a reestruturação, o reposicionamento e a busca de melhorias”, salienta.

Na pandemia, o grupo Vanguarda implantou muitas inovações em suas lojas, com destaque para reestruturação de lojas, a automação da operação, a informatização de controles de apuração e resultados, o serviço de delivery, o self checkout, o cashback e a valorização dos colaboradores. “As redes locais manterão seus espaços no mercado, sobretudo pelos fortes laços com a comunidade, reforçados pelo apoio em diversas campanhas solidárias”, enfatiza a empresária.

Roberto Moraes observa também que empregos do comércio local são suprimidos assim como de pequenas produções locais que não têm como concorrer com a produção em massa e de escala global.

Veja o artigo que originou esta matéria:

Os comércios local e regional serão engolidos por corporações globais do varejo

Veja entrevista de Roberto Moares ao pensarpiaui:

Google, Facebook, Apple e Amazon mudam a economia, os ganhos e precarizam o trabalho

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