Política

Cristovam Buarque esquece mágoas e declara voto em Lula

“A união em torno de Lula, já no 1º turno, precisa ser feita para calar as milícias”, diz ele

  • quarta-feira, 7 de julho de 2021

Foto: Jane de Araújo/Agência Senado | Ricardo StuckertCristóvam Buarque e Lula
Cristóvam Buarque e Lula

Brasil 247 - “O Brasil é um País em decadência, e foi Bolsonaro quem fez isso”, diz o ex-senador Cristovam Buarque, que foi governador do Distrito Federal pelo PT e ministro da Educação no início do primeiro governo de Lula, entre 2003 e 2004. Tendo sido demitido por telefone, Buarque guardou profunda mágoa política do ex-presidente e se afastou do Partidos dos Trabalhadores.

Agora, não enxerga outra saída para o Brasil, no horizonte político, que não seja o retorno de Lula à Presidência da República. “A união em torno do Lula, já no primeiro turno, tem de ser feita para calar as milícias”, diz Cristóvam. “Uma reeleição do Bolsonaro será trágica”. 

O ex-senador, que votou pelo impeachment de Dilma Rousseff em 2016, no Senado, mas diz reconhecer a honradez pessoal da ex-presidente e afirma saber, também, que Michel Temer só não promoveu as tais “pedaladas fiscais” porque foi contido pelo teto de gastos fiscais imposto pelo Congresso, diz ter votado em Fernando Haddad em 2018 com a segurança de que não eram projetos semelhantes que estavam sendo cotejados já naquele momento. “A corrupção não está no DNA do PT. Nunca esteve. Quem diz isso, mente”.

As afirmações e a declaração de voto e apoio a Lula no primeiro turno foram feitas por Cristóvam Buarque aos jornalistas Luís Costa Pinto e Eumano Silva durante o programa Sua Excelência, O Fato exibido est manhã. Link para a íntegra do programa no fim deste texto, abaixo.

Para Cristovam, “Lula tem a melhor biografia, dentre os políticos brasileiros, para presidir o País nesse momento de transição”. Ele acha que unir personalidades da esquerda ao centro, neste momento, pode dar força a uma necessária e incontestável vitória já no primeiro turno a fim de se construir um governo capaz de restaurar a destruiç do Estado e das instituições brasileiras que veem sendo desmontadas poolsonaro e pelo bolsonarismo. “Bolsonaro é muito pior do que todos os militares, é muito pior do que o Collor”, crê.

O ex-senador espera, ainda, que “por ser um necessário governo de transição”, Lula deixe claro que cumprirá um mandato de quatro anos e depois devolverá o País à normalidade institucional. “Fazer isso até amplia a biografia dele”, acredita. “Só Lula tem grandeza política para assumir esta missão, neste momento”.

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