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Cristina Serra: “Presença de Lira na convenção que oficializou candidatura de Bolsonaro foi um endosso ao golpe"

"Lira é parte do golpe, qualquer que seja o modelo de ruptura que vier a ser tentado pelo demente do Planalto", diz a jornalista

Foto: ReproduçãoArthur Lira na convenção do PL
Arthur Lira na convenção do PL

A jornalista Cristina Serra afirma, em sua coluna no jornal Folha de S. Paulo,  que a convenção do PL que oficializou a candidatura de Bolsonaro à reeleição, realizada no domingo (24), “era também do centrão, já que lá estavam os expoentes dos partidos que formam a base de apoio do governo e que compõem a facção política mais corrupta de que se tem notícia no Brasil contemporâneo”. Ainda segundo ela, a presença do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), “é um endosso explícito ao projeto golpista do presidente”. 

“Lira não deu uma palavra, até hoje, sobre a pregação de ruptura institucional feita por Bolsonaro a representantes diplomáticos. Não se deu ao trabalho de pronunciar um laivo que fosse de crítica ou condenação, ainda que protocolar já que, teoricamente, representa 513 deputados”, observa.

Para a jornalista, “Lira é tão pernicioso quanto Bolsonaro para a democracia. Sob seu comando, a Câmara exala o mau cheiro das substâncias em estado de decomposição. Lira é parte do golpe, qualquer que seja o modelo de ruptura que vier a ser tentado pelo demente do Planalto. Seria injusto, porém, não mencionar o terceiro pilar da insânia golpista, o desaparecido procurador-geral da República, Augusto Aras. Os três degradam as instituições que representam”.

“No show de horrores que foi a convenção, quase a cerimônia de uma seita, o presidente fez um apelo aos seus seguidores para que ocupem as ruas no 7 de Setembro pela "última vez". Assim será. Bolsonaro perde força e será escorraçado em outubro pelas urnas que tanto teme”, finaliza.

Com informações do Brasil 247

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