Política

CNJ e PF vão investigar Sérgio Moro. Agora? Paulo Henrique Amorim já tinha dito quem era ele!

Ainda falta a Globo


Foto: DivulgaçãoPaulo Henrique e Sérgio Moro
Paulo Henrique e Sérgio Moro

O senador Sergio Moro (UB-PR) terá sua conduta como juiz da operação Lava Jato investigada de maneira aprofundada. Nesta sexta-feira (22), o corregedor Nacional de Justiça, ministro Luis Felipe Salomão, determinou a abertura de uma reclamação disciplinar contra o ex-juiz e Gabriela Hardt, magistrada que o substituiu na 13ª Vara Federal de Curitiba, por supostas irregularidades no manejo de recursos milionários da Petrobras. 

O ministro Flávio Dino, da Justiça, informou que a Polícia Federal (PF), em parceria com o CNJ, criará uma força-tarefa para apurar a conduta de ex-integrantes da Lava Jato na seara criminal. 

Moro e Gabriela Hardt, segundo Luís Felipe Salomão, podem ter violado "transparência e prudência" no repasse de recursos milionários à Petrobrás que teriam como objetivo criar a chamada "Fundação Lava Jato".

"Em período compreendido entre o ano de 2015 e o ano de 2019, na cidade de Curitiba, Paraná, o então juiz federal Sergio Fernando Moro e a juíza federal substituta Gabriela Hardt, da 13ª Vara Federal de Curitiba, em atendimento aos interesses do então procurador da república Deltan Dallagnol, de procuradores da república da denominada força-tarefa da Lava Jato e de representantes da Petrobras, violaram reiteradamente os deveres de transparência, de prudência, de imparcialidade e de diligência do cargo ao promoveram o repasse de R$ 2.132.709.160,96 à estatal, atribuindo a essa companhia a posição de vítima, conscientes de que a Petrobras estava sob investigação por autoridades americanas desde novembro de 2014, por conduta ilícita da empresa nos Estados Unidos da América", diz um trecho do relatório preliminar do CNJ destacado por Salomão em seu despacho. 

O corregedor Nacional de Justiça, ao instaurar investigação contra Moro e Gabriela Hardt, diz ainda que "o alegado combate à corrupção não pode servir de biombo para se praticar, no processo e na atividade judicante, as mesmas condutas que se busca reprimir".

E os outros da Lava Jato? 

Deltan Dallagnol já perdeu ser cargo de deputado federal.

O Corregedor Salomão, ordenou a abertura de uma reclamação disciplinar contra os desembargadores federais João Pedro Gebran Neto e Marcelo Malucelli, que foram relatores da Lava Jato no Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4), e Loraci Flores de Lima, o atual relator da força-tarefa no tribunal.

Gebran foi chamado de “amigo” por Sergio Moro em sua tese de doutorado. Malucelli é pai do namorado da filha do ex-juiz. Flores de Lima, por sua vez, já tomou diversas medidas alinhadas aos interesses do lava jatismo, sendo uma delas, por exemplo, o afastamento do juiz Eduardo Appio do caso que poderia rever os termos da delação premiada de Antonio Palocci.

Tudo isso está acontecendo agora, mas há muito tempo atras o jornalista Paulo Henrique Amorim já fazia estas denuncias de maneira muito clara no seu conhecido blog Conversa Afiada. A Justiça está agindo agora, mas PHA já tinha dado nomes aos bois:

Ainda falta a Globo! 

Deixe sua opinião: