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CENAS FORTES: Talibã amputa, fuzila e exibe corpos em praça pública

Supostos sequestradores fuzilados foram pendurados em guindastes nas ruas de Herat

Foto: FórumExecuções
Execuções

Fórum - O ministro das Prisões do governo provisório constituído pelo Talibã no Afeganistão, mulá Nooruddin Turabi, confirmou a uma equipe de reportagem da Associated Press que as execuções e amputações de mãos e braços, realizadas em locais públicos, voltaram a ocorrer no país de forma oficial.

“Cortar as mãos é muito necessário para a segurança. Todos nos criticaram pelas punições nos estádios, mas nunca falamos nada sobre as leis e as punições em outros países. Ninguém vai nos dizer quais devem ser nossas leis. Seguiremos o Islã e faremos nossas leis com base no Alcorão”, explicou Turabi.

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A punição bárbara é para muitos afegãos a lembrança mais sinistra do antigo governo do Talibã (1996-2001), derrubado após a intervenção militar encabeçada pelos EUA como resposta aos atentados de 11 de setembro. Ainda assim, para parte da população, e sobretudo para as autoridades que compõem a liderança do movimento fundamentalista local, essa é uma maneira “pedagógica” de se combater a criminalidade.

“Quando você executa alguém na frente de todos, é para dar uma lição e você obtém resultados muito bons, porque todos veem o que pode acontecer com eles”, comentou o responsável pela pasta de Informação e Cultura de Kandahar, Noor Ahmed Sayed, numa entrevista ao diário espanhol El País.

Foto: Fórum´Talibã
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Quatro homens classificados pelas autoridades do Talibã como sequestradores foram mortos a tiros e tiveram seus corpos içados por guindastes em diferentes pontos da cidade afegã de Herat, no oeste do país.

O vice-governador da região, Sher Ahmad Ammar, informou à agência internacional Reuters que supostos criminosos teriam tentado sequestrar um empresário do município e seu filho, mas que uma guarnição talibã que fazia patrulhamento nas ruas frustrou a ação.

Foto: FórumTalibã
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De acordo com as autoridades locais, levar os corpos para as ruas e içá-los com placas identificando os crimes supostamente cometidos pelos executados é uma prática que visa à intimidação de potenciais criminosos que estejam pensando em cometer ações ilegais

“Seus corpos foram levados para a praça principal e pendurados na cidade como uma lição para outros sequestradores”, explicou Ammar.

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