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Brasil: 35 dias de buscas policiais, 17 mortes, 5 presos, confrontos e medo, muito medo por parte da população

Os nomes dos criminosos mortos no confronto não vêm sendo divulgados pela polícia

Foto: Gazeta do CerradoCaçada a criminosos
Caçada a criminosos

Um ataque à cidade de Confresa no noroeste de Mato Grosso, a 1.160 quilômetros de Cuiabá, aconteceu no domingo 09 de abril.

Criminosos fortemente armados chegaram na cidade invadindo o quartel da Polícia Militar. A quadrilha colocou fogo no quartel e também em pontos das rodovias.

Em seguida, foram até a empresa Brinks, explodiram o muro do local para roubar o dinheiro.

Em uma ação coordenada, eles fizeram ataques em diversos pontos do município.

Encapuzados, os criminosos chegaram à cidade em vários veículos, em uma ação com características do chamado novo cangaço.

Durante o ataque, os criminosos também incendiaram uma viatura do Corpo de Bombeiros.

Após o crime, eles fugiram para o Tocantins usando embarcações e navegando pelos rios Araguaia e Javaés.

Operação Canguçu

A Operação Canguçu começou em 10 de abril, um dia após os criminosos invadirem o quartel da PM de Confresa. Em nota, a Polícia Militar de Tocantins (PM-TO) afirmou que a Operação Canguçu continuará “até que possamos devolver a tranquilidade à comunidade atingida”.

Foto: Gazeta do CerradoCaçada a criminosos

35 dias de buscas, confrontos e mortes

O cerco policial montado para capturar criminosos, suspeitos de atacar a cidade de Confresa (MT), completa 35 dias hoje. O balanço indica que 17 integrantes do grupo morreram e cinco foram presos. Acredita-se que pelo menos mais três criminosos seguem em fuga pela região oeste do Tocantins.

Imagens divulgadas pela Polícia Militar mostram viaturas da polícia percorrendo estradas vicinais à procura dos suspeitos. Os cerca de 350 policiais de cinco estados seguem na região na TO-080, no entorno dos municípios de Pium, Marianópolis e Caseara. Eles só devem sair quando todo o bando for capturado.

O último confronto entre policiais e criminosos foi registrado na quarta-feira (10), quando ocorreu a morte do 17º suspeito na TO-354, próximo da fazenda Terra Boa, na zona rural de Pium. O corpo já foi identificado pelo Instituto Médico Legal (IML). O homem é natural de São Paulo.

Foto: Gazeta do CerradoCaçada a criminosos

Os nomes dos criminosos mortos no confronto não vêm sendo divulgados pela polícia. A maioria dos envolvidos no ataque a Confresa (MT) é do estado de São Paulo – nove mortos e dois presos, dentre os 19 que foram encontrados na área de buscas.

Entre os cinco presos, dois foram encontrados no cerco policial na zona rural do Tocantins. Outros três suspeitos de ajudarem no planejamento logístico foram encontrados em Redenção (PA) e em Araguaína (TO).

Após fugirem para o estado, o bando chegou a ficar dias escondidos na copa das árvores e se alimentaram de espigas de milho e sal de ureia, usado na alimentação de gado.

Os criminosos saíram de Confresa sem levar nada, apesar de terem passado um ano planejando o crime. O objetivo era roubar R$ 60 milhões.

Durante a fuga eles tentaram afundar barcos para despistar as equipes policiais e têm deixado um rastro de terror: eles roubam, furtam objetos, embarcações invadindo propriedades e sequestrando e mantendo em cárceres privado algumas pessoas. Áudios divulgados nas redes sociais mostram o medo dos moradores em Marianópolis do Tocantins.

Foto: Gazeta do CerradoCaçada a criminosos

Nos últimos dias foram encontrados rastros dos criminosos, como espigas de milho e sapatos velhos próximo da região do povoado Café da Roça, na zona rural de Pium. Também foi encontrado sal com ureia, que serve para alimentação de bovinos, e estaria servindo de alimento para os fugitivos.

Os suspeitos ainda estariam usando sacos amarrados aos pés, para tentar não deixar pegadas por ponde passam. Estratégia que foi descoberta com a morte de um dos suspeitos.

Foto: Gazeta do CerradoCaçada a criminosos

As equipes que fazem parte da Operação Canguçu percorrem uma área de 4,6 mil km, em quatro cidades. Um verdadeiro arsenal de guerra foi apreendido durante a operação. Entre as apreensões estão armamento de grosso calibre, inclusive fuzis furtados da PM de São Paulo, milhares de munições, coletes à prova de bala e outros materiais.

Foto: Gazeta do CerradoCaçada a criminosos

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Com informações da Gazeta do Cerrado, G1, Metrópoles e UOL

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