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Bolsonaro quer encerrar contrato com Butantan e vetar CoronaVac, diz jornal

A vacinação com a CoronaVac evitou morte de 43 mil pessoas com idade acima de 70 anos

Foto: EstadãoMarcelo Queiroga e Bolsonaro
Marcelo Queiroga e Bolsonaro

Correio Braziliense- Reportagem de Renato Souza, na edição deste sábado (19) do jornal Correio Braziliense, informa que o governo Jair Bolsonaro, por meio do ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, pretende encerrar o contrato com o Instituto Butantan e vetar a CoronaVac no Brasil.

Queiroga teria reclamado com pessoas próximas sobre a "baixa eficácia do imunizante", desenvolvido pelo laboratório chinês Sinovac, em idosos.

Os estudos durante a fase de testes da CoronaVac apontaram eficácia global de 50,38%, que pode chegar a 100% para evitar internações e mortes.

Mas, Queiroga acredita que muitos idosos estão sendo acometidos pela Covid-19 mesmo vacinados. No entanto, o ministro encontra dificuldade em comprar uma nova vacina para substituir a Coronavac e encerrar o contrato de compra do imunizante com o Butantan.

Estudo contradiz Ministério

A alegação de Queiroga, no entanto, confronta com um estudo realizado pelo Centro de Pesquisas Epidemiológicas da UFPel (Universidade Federal de Pelotas) em parceria com a Universidade de Harvard e o próprio Ministério da Saúde.

Segundo a pesquisa, que analisou mais de 238 mil óbitos por Covid-19 entre janeiro e maio deste ano, a vacinação evitou a morte de 43 mil pessoas acima de 70 anos.

A proporção de óbitos de idosos em relação ao total de mortes pela Covid caiu de 28% para 16% entre os que têm de 70 a 79 anos e de 28% para 12% entre as pessoas a partir dos 80 anos.

A vacina Coronavac representou 65,4% e a AstraZeneca, 29,8% de todas as doses administradas ao longo do mês de janeiro, enquanto as porcentagens foram de 36,5% para Coronavac e 53,3% para AstraZeneca no período entre meados de abril e metade de maio.

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