Pensar Piauí

Bolsonaro destruiu o Mais Médicos. Lula e Alckmin vão retomar o programa

Retomada priorizará profissionais brasileiros

Foto: Reprodução/PTLula e Alckmin
Lula e Alckmin

 

A saúde dos brasileiros voltará a ser tratada como política pública central do país com Lula e Alckmin. E uma das medidas a serem adotadas será a retomada do programa Mais Médicos. Entre as prioridades estão a contratação de profissionais brasileiros, o fortalecimento da formação acadêmica, a adequação da infraestrutura na área do atendimento e a ampliação do Exame Nacional de Revalidação de Diplomas Médicos (Revalida).

Essa retomada integra o programa de governo do movimento Vamos Juntos Pelo Brasil. Lançado em 2013 na gestão da ex-presidenta Dilma Rousseff, o Mais Médicos chegou a atender 63 milhões de brasileiros em abril de 2016, e esteve presente em 4.058 municípios.

“A saúde é direito de todos os brasileiros e brasileiras e como um investimento estratégico para um Brasil soberano. Reafirmamos o nosso compromisso com o fortalecimento do SUS público e universal, o aprimoramento da sua gestão, a valorização e formação de profissionais de saúde, a retomada de políticas como o Mais Médicos e o Farmácia Popular, bem como a reconstrução e fomento ao Complexo Econômico e Industrial da Saúde”, estabelece a diretriz do programa.

Bolsonaro destruiu o Mais Médicos

A regra do bolsonarismo não muda: quem não sabe fazer, mente. E assim a família do presidente Jair Bolsonaro tenta justificar um governo ruim de serviço que só trouxe miséria para o povo. Mente sobre o que não fez e mente sobre o que Lula já fez e deu certo. Um dos alvos é o Mais Médicos, um marco de como o Estado pode, sim, democratizar o acesso à Saúde se souber governar e construir políticas públicas. O que nenhum dos Bolsonaro sabe fazer.

Tão despreparado quanto o pai, o senador Flávio Bolsonaro passou a atacar o programa para distrair a atenção. O medo deles é que o povo cobre as promessas não cumpridas da campanha de 2018, como o de acabar com o Mais Médicos (o que ele fez) e em seu lugar instituir o Programa Médicos pelo Brasil (que ficou engavetado por anos). Nem mesmo uma pandemia que levou à morte mais de 680 mil pessoas fez com que o presidente se compadecesse em tirar do papel um programa para a Saúde. Só às vésperas das eleições, em abril, foram anunciadas as contratações de 529 médicos para os mais de 5 mil municípios brasileiros.

Bolsonaro sempre foi um crítico do Programa Mais Médicos por pura ignorância e preconceito, uma questão ideológica contra os médicos cubanos que vieram trabalhar no Brasil por meio do programa. Assim como fez com todas as políticas bem-sucedidas de governos petistas, o presidente fez questão de sufocar o Mais Médicos até sua extinção e substituí-lo por uma versão que não atende aos objetivos do programa.

É importante esclarecer que o convênio mantido entre o governo brasileiro e a OPAS (Organização Panamericana de Saúde), que garantia a participação dos médicos cubanos no programa, era necessária para que se alcançasse a meta de 2,7 médicos por mil habitantes.

Não fossem os profissionais cubanos, tal meta só seria atingida em 2035. Em 2013, antes da implementação do Mais Médicos, o Brasil tinha apenas 1,8 médicos por mil habitantes, menos do que o México, o Uruguai e a Argentina. Em apenas dois anos, 18.420 médicos passaram a trabalhar em 4.058 municípios e 34 distritos de saúde indígena.

Após o rompimento do contrato de Cuba com o Brasil, em 2018, depois dos ataques de Bolsonaro, que tinha sido eleito presidente, cidades inteiras ficaram sem atendimento, como Guaribas, no Piauí, onde há baixo interesse de atuar por parte dos médicos brasileiros. Ainda em 2019, quando as contratações de médicos para o programa caíam substancialmente, 6 milhões de brasileiros já sofriam com a falta de atendimento básico de saúde. Em vez de trabalhar, Bolsonaro escolhe mentir. Ninguém aguenta mais.

Com informações do site do Lula 

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