Atuação de Moro ou inocência de Lula? Pesquisa indica como o antipetismo perdeu força
O levantamento, que não tem peso estatístico, foi feito pela professora da Escola de Sociologia e Política de São Paulo, Isabela Kalil
Uma pesquisa contratada pela Fundação Perseu Abramo diz que a perda de força que o antipetismo tinha em 2018 se deve mais à entrada do ex-juiz Sergio Moro na corrida eleitoral e à crise econômica do que ao convencimento da inocência do ex-presidente Lula.
O levantamento, que não tem peso estatístico, foi feito pela professora da Escola de Sociologia e Política de São Paulo, Isabela Kalil. As percepções foram colhidas numa pesquisa qualitativa, conduzida a partir de conversas com 64 pessoas, egressas de duas faixas de renda (até dois e de dois a cinco salários mínimos), em capitais e no interior de cinco estados (São Paulo, Bahia, Rio Grande do Sul, Goiás e Amazonas).
Veja a íntegra da pesquisa aqui
Moro e o antipetismo
De acordo com a professora, o eleitor em 2022 poderá não ser tão facilmente atraído pelo antipetismo por causa de dois aspectos. Porque a crise, radicalizada pela pandemia, repaginou o conceito “rouba mas faz”, ou porque Moro ficou conhecido como “juiz ladrão”.
“Mesmo o eleitor que não acompanha tanto o noticiário percebeu a parcialidade de Moro porque se trata de um conceito simples. O juiz que marcou uma falta contra um time, vestiu uma camisa e foi para o jogo contra este time”, diz Isabela.
Para maior parte dos entrevistados, suas ações sempre foram interessadas: Foi oportunista ao ingressar no governo Bolsonaro, levantando suspeitas de que seu interesse sempre foi ganhar projeção política. Foi ideológico e parcial ao compactuar com um lado do espectro político e atuar como juiz e acusador.
Apesar da desconstrução de Moro, a “descriminalização” de Lula tem alcance limitado. Especialmente entre eleitores mais jovens que não têm memória da gestão do petista, o discurso de apontar saídas rende mais.
Lula quer ouvir Lewandowski antes de indicar ministro para STF
Caso seja eleito, Lula ouvirá o ministro Ricardo Lewandowski, do STF, antes de indicar o próximo ministro para a Corte. A informação é da colunista do Globo, Bela Megale.
Segundo ela, o ex-presidente está fazendo questão de revelar isso aos seus interlocutores. O petista considera Lewandowski como o ministro “mais coerente” do STF.
Desde o início da operação Lava Jato, o magistrado tem sido um dos mais críticos à operação.
Com informações do DCM
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