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Alexandre de Moraes ia mandar prender Eduardo e Carlos Bolsonaro

Ação da Justiça explica o recuo de Bolsonaro do seu tom beligerante

Foto: VejaMinistro do STF, Alexandre de Moraes
Ministro do STF, Alexandre de Moraes

De acordo com reportagem da revista Veja desta semana, auxiliares do Palácio do Planalto receberam a informação de que o deputado Eduardo Bolsonaro e o vereador Carlos Bolsonaro poderiam ser alvos de uma ordem de prisão vinda do ministro Alexandre de Moraes, do STF.

A reportagem afirma que “Moraes é relator de investigações que apuram o financiamento criminoso de ataques e ameaças a autoridades, divulgação de fake news e custeio de atos considerados antidemocráticos. Por lei, deputados federais, como o caso do Zero Três, só podem ser presos em flagrante e por crimes inafiançáveis. No caso do vereador Carlos, a imunidade protege somente a manifestação de opiniões. Pelos relatos recebidos por auxiliares presidenciais, os dois possivelmente seriam enquadrados em crimes previstos na Lei de Segurança Nacional. O recado foi passado por um dos principais auxiliares de Bolsonaro diretamente ao chefe e aos filhos”.

Não bastasse isto, no final de setembro, o deputado Alexandre Frota (PSL-SP) forneceu à Polícia Federal números de IPs de computadores de Brasília e do Rio, ligados a Eduardo, e que teriam participado de ações de disseminação de fake news na internet. Um dos IPs está relacionado ao email que o filho Zero Três registrou na Justiça Eleitoral.

Cerco se fecha

Por outro lado, o artigo deste sábado (10), do ex-prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT-SP), publicado em sua coluna na Folha, afirma que a “quantidade de evidências que as autoridades policiais reuniram sobre o esquema das rachadinhas” fez com que o presidente Jair Bolsonaro (Sem Partido-RJ) recuasse.

Para Haddad, o ocupante do Planalto sentiu o golpe “e busca, circunstancialmente, uma conciliação com o Congresso e o STF”.

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