Política

Acuado com CPI, Bolsonaro recorre à homofobia para atacar PT e Lula

O bolsonarismo viu frustrado o plano de tentar impedir que Renan Calheiros assumisse a relatoria da comissão

  • terça-feira, 27 de abril de 2021

Foto: YoutubeJair Bolsonaro
Bolsonaro durante conversa com apoiadores

Fórum- No dia em que foram iniciados os trabalhos da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investiga as ações e omissões do governo Bolsonaro durante a pandemia da Covid-19, a CPI do Genocídio, o presidente Jair Bolsonaro decidiu dar uma declaração homofóbica a seus apoiadores. A cena foi vista como uma tentativa de criar uma cortina de fumaça.

“Tem uma cena dantesca: num evento, tá o Lula, acho que a Dilma, o Haddad atrás, Celso Amorim e 2 homens se beijando, mas de língua. Parecia aqueles casais apaixonados do Titanic, coisa inacreditável. Cada um vai fazer amor, ser feliz como bem entender. Agora, aquela cena… Um presidente da República sorrindo, de deboche, como se fosse uma coisa mais linda do mundo”, disse o presidente no cercadinho do Palácio do Alvorada, nesta terça-feira (27).

“Cada um vai ser feliz como bem entender, entre 4 paredes, na sua intimidade. Agora, publicamente, nem um casal hétero pega bem fazer isso daí”, completou. “Você não vê mais aquela doutrinação, aquela sexualização na escola. Praticamente zerou no nosso governo”, disse ainda.

O presidente voltou a recorrer à pauta de costumes ao se ver encurralado politicamente. Nesta terça, a manobra bolsonarista para tentar atrapalhar os trabalhos da CPI e deu errado e o governo terá que conviver com o senador Renan Calheiros (MDB-AL) como relator da comissão.

Após o TRF-1 derrubar uma liminar conseguida pela deputada bolsonarista Carla Zambelli (PSL-SP), Calheiros foi escolhido pelo presidente eleito da CPI, Omaz Aziz (PSD-AM), para assumir a relatoria. O vice de Aziz é o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), líder da Oposição.

Veja o vídeo na íntegra:

Veja os comentários do jornalista Renato Souza:

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