Ontem, o candidato Luiz Inácio Lula da Silva (PT) encontrou o presidente da Bolívia pela manhã e, durante a tarde, esteve com assistentes sociais.

A conversa entre Lula e o presidente da Bolívia, Luis Arce, ocorreu em um hotel na capital paulista e foi privada. O ex-ministro das Relações Exteriores Celso Amorim, que esteve presente, classificou a reunião como “muito positiva” em entrevista à imprensa.

“Falou-se dos projetos que haviam e podem ser desenvolvidos, de cooperação. Programas semelhantes na área social, eles têm muitos parecidos. Mas também participação em projetos de natureza mais industrial. Tudo isso exploratoriamente, obviamente, porque não nos cabe no momento assumir compromissos de governo”, disse Amorim.

À tarde, o petista compareceu a um encontro com assistentes sociais, também na capital paulista, e prometeu investimentos para o Sistema Único de Assistência Social (Suas).

Lula afirmou: “Nós vamos ter que reconstruir o Brasil que eles destruíram. O Suas vai voltar a funcionar muito mais forte, muito mais preparado e com muito mais recursos para que vocês possam, cada vez mais, atender as pessoas com mais decência”, disse o petista.

“A gente voltando, nós vamos tomar posse dia 1º e a gente vai ter que começar a cuidar dessas coisas no primeiro dia. No primeiro dia, a gente vai ter que dizer claramente o que que a gente vai fazer com esse povo mais pobre, mais vulnerável”, afirmou.

No evento, Lula recebeu uma carta com propostas para o setor

Previsto na Lei Orgânica da Assistência Social, de 1993, e consolidado em 2005, o Suas articula a atuação dos governos municipal, estadual e federal no âmbito da Política Nacional de Assistência Social (PNAS). É por meio do organismo que são promovidas ações de proteção social.

O candidato do PT também afirmou que, se eleito, não delegará o comando da assistência social para a mulher, Janja – o tema é frequentemente associado às primeiras-damas, não só no Brasil.

"Não tem essa de primeira-dama ficar cuidando da assistência social. Quem vai cuidar da assistência social é alguém especialista. Tem um milhão de coisas para ela fazer, tem 500 mil coisas para você também fazer. Ou seja, nós temos é que valorizar os profissionais da área”, afirmou.