Pensar Piauí
Doutor em Antropologia

Arnaldo Eugênio

Doutor em Antropologia

É um governo incapaz, de inábeis, desatinados e que estão levando o país a desmoralização internacional

Foto: Brasil 247Incapazes e inábeis
Incapazes e inábeis

Com uma postura antiestadista indiferente ao respeito, a igualdade e a tolerância, o governo do Brasil age contra a democracia e a saúde pública. Tem-se um governo incapaz constituído por auxiliares inábeis em gestão pública, que atuam de forma desatinada e estão levando o país a bancarrota e a desmoralização da nação junto aos organismos internacionais.

Temos, de fato, um desgoverno caracterizado pela falta de liderança e humildade, que exalta uma economia desastrosa – com base num liberalismo primitivo, sem crescimento econômico, sem política de retomada de empregos, sem credibilidade estrangeira. Temos um negacionista pandêmico que se porta indiferente às dores dos brasileiros afetados, direta e indiretamente, pelo coronavírus. A situação é gravíssima, mas temos um governante averso aos princípios ou a arte de governar.

Politicamente, temos um governo perverso, violento, machista, racista, homofóbico, armamentista e autoritário, que estimula os manifestantes em atos antidemocráticos, loteamento político, discursos fascistas, instrumentalização institucional, insultos à autonomia das instituições, o governo autoritário do Brasil maquia os dados da pandemia de coronavírus, deslegitimando os números informados pelos governos estaduais e municipais.

Na verdade, se trata de um governo negacionista, que não apresentou um plano de combate à pandemia de coronavírus. Muito pelo contrário, o próprio governo boicota os profissionais da saúde, sabotou dois ministros da saúde – por um militar submisso, para maquiar os números e mudar protocolos metodológicos  de saúde pública – desdenha da dor dos familiares dos mortos e contaminados, e ainda, num gesto genocida, incentiva a população sair às ruas, rompendo com o isolamento social. 

O país tem um governo fingido de democrata, que apoia, presencialmente, os movimentos de rua que pedem a volta da ditadura militar, defendem o AI-5, o fechamento do Congresso e do STF, com um perdigoto venenoso tenta dividir e contaminar de ódio a população, para, politicamente, se beneficiar. Hoje, o Brasil tem um negacionista no governo, que afronta a saúde pública, não sabe dialogar com governadores, prefeitos e secretários de saúde.

Na verdade, o país está sendo governado por um inábil à altura do cargo, que usa de falsas narrativas de comando, de discursos autoritários e convoca asseclas desqualificados, que desconhecem a realidade do país e da gestão pública, sucateiam as instituições públicas e acusam os profissionais da saúde e governantes locais de estarem fraudando os dados sobre a pandemia de coronavírus para dilapidar o erário – de fato, se muitos gestores se calaram é porque concordam com a acusação.

Os dados do Ministério da Saúde sobre a evolução da pandemia de coronavírus são fundamentais aos órgãos públicos para planejarem as suas ações e gerenciar a conduta popular com informações fidedignas nos meios de comunicação. Assim, é execrável usar de meio termos e subterfúgios na tentativa de calar a imprensa e desinformar a sociedade numa situação de pandemia: um crime de responsabilidade.

Portanto, torna-se insustentável a permanência de um necrogoverno que sacrifica vidas humanos em nome de um ganancioso projeto de poder totalitário e assiste passivamente à população ser maltratada pela pandemia, aumentando o desespero e a agonia social. Por um lado, manipulam a população para se dividir e se violentar em vão. Enquanto, por outro lado, usam medidas emergenciais como se fosse uma política pública de saúde.

OBS: Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do pensarpiaui.

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