O presidente da Câmara Municipal de Teresina, vereador Enzo Samuel (PDT), anunciou nesta terça-feira (15) a exoneração de todos os servidores comissionados que atuavam no gabinete da vereadora Tatiana Medeiros. A decisão foi tomada após a parlamentar ser presa no início do mês, acusada de envolvimento com a facção criminosa “Bonde dos 40” e de ter utilizado dinheiro ilícito na pré-campanha eleitoral de 2024.
“Se ela não está exercendo trabalhos na Câmara, não faz sentido o gabinete continuar funcionando”, justificou Enzo.
Apesar de estar detida, Tatiana segue recebendo salário normalmente, já que seu mandato ainda não foi cassado. A Câmara deve aguardar um prazo legal de 60 dias para, então, avaliar a convocação de um suplente.
Operação Escudo Eleitoral
Na última segunda-feira (15), a Polícia Federal cumpriu três mandados judiciais em Teresina, como parte das investigações da Operação Escudo Eleitoral. Os alvos foram assessores ligados diretamente à vereadora, que ocupavam cargos de Assessor Especial da Presidência da Câmara e de assessores parlamentares.
Esses servidores foram afastados de suas funções, proibidos de entrar na Câmara e de manter contato com outros funcionários da Casa Legislativa.
De acordo com a Polícia Federal, há indícios de que a campanha de Tatiana Medeiros em 2024 teria sido financiada com recursos oriundos do crime organizado, especificamente da facção Bonde dos 40, além de dinheiro desviado da ONG Vamos Juntos, fundada pela própria vereadora.
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