O PT, a unidade e a eleição da Assembléia

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Esta semana vai haver eleição para a Assembleia Legislativa do Piauí.

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Hélio Isaias, do Progressista, e Temístocles Filho, do PMDB, são os candidatos a presidente, mas o PT é o protagonista da eleição.

Com 5 deputados e sendo o Partido do governado, o PT é decisivo na eleição.

O presidente do PT, Assis Carvalho, tem tentado dar um comportamento de partido político ao PT. Já no processo eleitoral de 2018, Assis, buscou defender os interesses partidários com muita determinação. Foi um dos responsáveis pela indicação de Regina Sousa como vice-governadora do Estado e levantou a bandeira da chapa única para o legislativo.

Agora, no processo eleitoral da Assembléia, Assis defende o comportamento unitário dos parlamentares petista com o voto em Hélio Isaias.

Tem encontrado resistência, da rebelde Flora Isabel, que já anunciou voto em Temístocles Filho e pronunciamentos evasivos de outros deputados do PT.

O PT vive momentos delicados, nesta véspera de seu aniversário de 39 anos.  Na eleição passada houve por parcela significativa dos brasileiros um movimento antipetista que culminou na eleição de Bolsonaro. Tem seu maior líder preso em Curitiba, apesar de inocente. E tem a maior bancada da Câmara Federal, mas perdeu cadeiras de 2014 para 2018.

Esta delicada situação do PT relaciona-se com este modo de agir sem unidade que adotou ao longo dos tempos. O PT, primeiro, deixou de ouvir suas bases partidárias e se transformou num partido de deputados. Agora, parece que nem os deputados conseguem ter unidade. É o cada um por si, num salve-se quem puder.

Entre Temístocles Filho e Hélio Isaias, acho que as opções do PT são iguais a zero. Temístocles é mais do mesmo. E o que Hélio Isaias ofereceria de diferente do eterno presidente da casa legislativa do Piauí?

Mesmo assim, pelo PT, é bom que o presidente Assis Carvalho obtenha sucesso em sua empreitada pela unidade.

E que a eleição entre um peemedebista e um progressista não contribua para mais um desgaste do PT.