Vídeo: Ator da Record denuncia padre por homofobia durante missa
“A igreja e a liberdade de expressão não podem servir como escudo para propagação de ódio e preconceito”, escreveu ele
O ator Bernardo Dugin registrou uma queixa contra o padre Antonio Carlos dos Santos por homofobia durante uma missa. O caso teria acontecido na cidade de Nova Friburgo, na região serrana do Rio de Janeiro, no último domingo (30). “É com muita dor e tristeza que registro um crime contra a minha existência”, disse ele, em postagem feita no Instagram.
“A igreja e a liberdade de expressão não podem servir como escudo para propagação de ódio e preconceito”, escreveu ele, que já integrou o elenco de tramas como Todas as Flores, Gênesis (2021) e Éramos Seis (2019).
Segundo o artista, a queixa foi registrada na 151ª DP de Nova Friburgo sobre um ocorrido durante uma missa no Colégio Nossa Senhora das Dores: “Fiz um registro de ocorrência contra um crime que aconteceu comigo ontem (domingo, 30 de abril). Foi um discurso de ódio, um discurso homofóbico de um padre dentro de uma missa”.
“Era a missa de sétimo dia de um familiar meu, um momento muito difícil para toda a minha família. Estavam presentes meu pai, minha mãe, minhas avós, meu namorado, meu irmão, minha cunhada e meus sobrinhos — de 8, 10 e 13 anos”, lamentou ele.
Bernardo Dugin deu alguns detalhes: “Na hora da homilia, o padre disse, entre outras barbaridades que ele havia dito antes: ‘O demônio está entrando na casa das pessoas de diferentes formas para destruir as famílias na representação da união de pessoas do mesmo sexo, homem com homem, mulher com mulher'”.
“Padre, ontem, o senhor teve o meu silêncio. Em respeito a minha família, eu me levantei e saí da missa. Mesmo assim, depois que eu saí, o senhor continuou dizendo que quem se incomodou com o seu discurso, que essa era a verdade. Agora o senhor vai ter que responder na justiça pelo crime que cometeu. Porque essas palavras ferem não só a mim e a minha família. Essas palavras ferem muitas pessoas, todos os dias, do Brasil”, disse ele, já se dirigindo ao religioso.
Ele concluiu: “Isso fere a saúde mental, a saúde física e você sabe o que acontece com esse tipo de discurso de ódio lá na ponta, com casos de depressão, não-aceitação, suicídio e morte. É como se o senhor, padre, tivesse apontado uma arma e disparado o gatilho. Pensei muito se iria gravar este vídeo ou não, mas enquanto cidadão fiz o meu dever. O demônio está na representação do ódio, não na representação do amor”. Confira:
Com informações do DCM
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