Quem é Gilberto Waller Júnior, novo presidente do INSS nomeado por Lula
Antes de assumir a presidência do INSS, atuava como corregedor da Procuradoria-Geral Federal, vinculada à AGU
O procurador federal Gilberto Waller Júnior foi nomeado nesta quarta-feira (30) como novo presidente do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). A decisão, assinada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e publicada em edição extra do Diário Oficial da União, ocorre em meio a um escândalo envolvendo fraudes que geraram um prejuízo estimado de R$ 6,3 bilhões aos cofres da Previdência Social.
A nomeação foi formalizada pela ministra-chefe substituta da Casa Civil, Miriam Belchior, e anunciada pelo Palácio do Planalto. A troca no comando do instituto se dá após a Polícia Federal e a Controladoria-Geral da União (CGU) deflagrarem uma operação que revelou um esquema de fraudes em aposentadorias e pensões, com o envolvimento de servidores públicos, uso de documentos falsificados e criação de associações de fachada.
Segundo a investigação, entre 2019 e 2024, milhares de beneficiários foram inscritos indevidamente em entidades que realizavam descontos mensais diretamente nos benefícios do INSS, sem autorização. Além do então presidente Alessandro Stefanutto, que foi exonerado após a operação, outros cinco integrantes da alta cúpula do órgão foram afastados. Seis pessoas ligadas às entidades suspeitas também foram presas.
Com 25 anos de carreira no serviço público, Waller é bacharel em Ciências Jurídicas e Sociais e possui pós-graduação em Combate à Corrupção e Lavagem de Dinheiro. Ingressou no INSS como procurador em 1998, foi corregedor-geral do instituto entre 2001 e 2004 e subprocurador-geral entre 2007 e 2008. Também atuou na Controladoria-Geral da União, onde ocupou os cargos de ouvidor-geral da União (2016–2019) e corregedor-geral (2019–2023).
Antes de assumir a presidência do INSS, exercia a função de corregedor da Procuradoria-Geral Federal, órgão vinculado à Advocacia-Geral da União (AGU). A expectativa do governo é que sua experiência em controle interno e combate à corrupção contribua para reestruturar o instituto e recuperar a confiança da população.
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