Queiroz e o Brasil desgovernado
Estamos ainda em plena pandemia e com o país chegando a cinquenta mil mortos pela covid. No entanto, ainda que no meio de uma desgraça desse tamanho, o país segue atônito as desventuras de um governo que não mexe uma palha para ajudar os mais pobres, os pequenos empresários e reduzir mortes. A última que aprontaram? Queiroz, o desaparecido que se escondia no escritório do advogado da família Bolsonaro
Queiroz é uma pessoa conhecida como ligado às milícias do Rio de Janeiro, milícias essas que são organizações criminosas extremamente perigosas e que controlam determinados espaços daquele Estado. Inclusive elegendo políticos e controlando o funcionamento de determinadas comunidades. Ele ainda tinha uma relação com um militar chamado Adriano, que foi morto outro dia em outro sítio, e que também estava sendo procurado. Todos tiveram alguma relação com a família que comanda o País. O que isso quer dizer? Quer dizer que a milícia, se não chegou ao Planalto, está ali, à espreita, pronta para tomar de conta do país. E o mais impressionante é que muita gente não vê isso e ainda perdem o seu precioso tempo defendendo esses milicianos.
Queiroz é hoje o calo da família Bolsonaro. Mas é um problema especifico, de natureza criminal, e que pode ter repercussões impactantes na esfera política. Contudo, ainda acho que estamos em um país onde as pessoas estão anestesiadas. Temos um governo que não governa. Onde a educação é destratada. Onde a saúde é menosprezada pelo governo. Onde as pessoas morrem de covid e o governante diz: e daí? Onde a cultura está completamente esquecida, a ciência e a tecnologia não existem e as universidades são completamente sucateadas pelo governo de plantão. Não meus amigos, o que me impressiona é que isso tudo aí não é visto como algo tão grave (ou mais grave) que a prisão do Queiroz. Infelizmente, parece que todos nós perdemos o coração, e não vemos mais mazelas e os grandes problemas desse país.
O pior de tudo é ver pessoas morrendo a cada minuto, e não haver empatia não só do governo Bolsonaro como dos seus apoiadores. E isso parece que é o novo normal: naturalizar as mortes em todo o país, e fazer de conta que essas pessoas não existem.
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