Segurança Pública

Preso PM suspeito de ser o segundo atirador do caso Gritzbach

Ele foi executado no Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos


Reprodução Preso PM suspeito de ser o segundo atirador do caso Gritzbach
Antônio Vinícius Lopes Gritzbach

A Corregedoria da Polícia Militar prendeu um policial militar suspeito de ser o segundo atirador no assassinato do delator Vinícius Lopes Gritzbach, ocorrido no Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos, no dia 8 de novembro de 2024.

A prisão foi realizada na terça-feira (21), na sede do 20º Batalhão de Polícia Militar Metropolitano, em Barueri, e o suspeito foi encaminhado ao Presídio Militar Romão Gomes (PMRG), conforme informou a Secretaria da Segurança Pública de São Paulo (SSP).

Com essa nova prisão, o número de detidos no caso chega a 26 pessoas, incluindo 17 policiais militares, cinco policiais civis e outras quatro pessoas ligadas ao homem identificado como olheiro do crime, que segue foragido.

O caso está sendo investigado por uma Força-Tarefa, composta pelo Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) e pelas corregedorias das polícias civil e militar.

Operações e Prisões

Na última quinta-feira (16), uma operação da Corregedoria já havia resultando na prisão de outro policial militar, identificado como um dos autores dos disparos contra Gritzbach. Câmeras de segurança do aeroporto registraram dois atiradores saindo de um carro e efetuando os disparos.

Na mesma operação, 14 policiais militares foram presos sob suspeita de envolvimento com o crime organizado e por prestar segurança ilegal ao delator. Também foi presa, no mesmo dia, a namorada do homem apontado como olheiro, por meio de um mandado relacionado a uma investigação sobre tráfico de drogas. Ela, de 28 anos, era responsável pela comercialização de entorpecentes do namorado, Kauê do Amaral Coelho, que possui mandado de prisão expedido e segue foragido.

No dia seguinte (17), outro envolvido foi detido. O homem, de 22 anos, é investigado por ter relações com Kauê e por envolvimento com tráfico de drogas. Já no sábado (18), um tenente da PM foi preso. Ele era o condutor do veículo utilizado no crime, um Gol preto, que levou os dois policiais militares autores dos disparos.

Investigações sobre o Mandante

A delegada Ivalda Aleixo, diretora do Departamento Estadual de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP), informou que a polícia possui duas linhas de investigação avançadas para identificar o mandante do assassinato de Gritzbach. Ambas as investigações apontam para membros do Primeiro Comando da Capital (PCC).

Vinícius Lopes Gritzbach, que estava sendo acusado de lavagem de dinheiro e de ordenar a morte de dois membros do PCC, firmou um acordo de delação premiada com o Ministério Público (MP) de São Paulo em março de 2024. No acordo, Gritzbach forneceu informações que podem reduzir sua pena, incluindo denúncias contra agentes públicos.

O conteúdo da delação é sigiloso, mas, em outubro de 2024, o MP enviou à Corregedoria da Polícia Civil trechos do depoimento em que Gritzbach acusa policiais civis de extorsão. Ele foi ouvido pela Corregedoria no dia 31 de outubro, apenas oito dias antes de ser morto. Além disso, o delator revelou um esquema de lavagem de dinheiro operado pelo PCC. Até o momento, os nomes de todos os envolvidos presos não foram divulgados.

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