Preço da conta de luz vai triplicar em 2022
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A medida anunciada pelo presidente Jair Bolsonaro, na quinta-feira, de determinar ao Ministério de Minas e Energia (MME) a volta da “bandeira normal” nas contas de luz pode gerar um aumento maior que o previsto nas tarifas de eletricidade em 2022.
Cálculos da PSR, uma das consultorias mais renomadas do setor elétrico, indicam aumento de 5% na energia elétrica no próximo ano.
A projeção é considerada conservadora, pois engloba a alta do dólar e o custo que ainda não foi integralmente coberto de acionar usinas termelétricas, mas não inclui, por exemplo, o aumento dos combustíveis que são usados nestas usinas, como gás e diesel.
Caso a bandeira de Escassez Hídrica seja cancelada, o reajuste esperado para 2022 pode até triplicar.
Reunião na próxima semana
Como o país está gerando energia a um custo maior, o valor que não está sendo coberto pelas tarifas seria repassado para o próximo ano e faria parte do cálculo do reajuste anual das distribuidoras. A chamada bandeira da crise hídrica representa uma sobretaxa de R$ 14,20 a cada cem quilowatts-hora consumidos e seguiria em vigor até abril.
O Ministério de Minas e Energia tem reunião marcada para a próxima semana com representantes da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e distribuidoras de energia para discutir o assunto.
Segundo técnicos do ministério, apesar do pedido do presidente, não seria viável tirar a sobretaxa na conta de luz neste momento.
O sistema de bandeiras foi criado justamente para sinalizar ao consumidor que a energia está sendo gerada a um custo maior. Ao antecipar essa fatura, ela inibe reajustes muito altos de uma única vez. Neste caso, também estimula a redução de consumo.
Não é só falta de chuva: o Brasil está, de novo, à beira de um racionamento
Simulações disponibilizadas pela PSR indicam que, sem a bandeira, a conta poderia subir até 17,3%, se não houver qualquer tipo de cobrança extra até abril. Com informações do Globo.
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