Política

Por maioria no Congresso, PT já negocia com novos partidos; saiba quais

A ordem no PT e em partidos aliados é esquecer as polêmicas de Bolsonaro e manter o foco no futuro


Foto: Ricardo StuckertCarlos Siqueira (PSB), Geraldo Alckmin (PSB), Lula (PT) e Gleisi Hoffmann (PT)
Carlos Siqueira (PSB), Geraldo Alckmin (PSB), Lula (PT) e Gleisi Hoffmann (PT)

Dcm - Com a vitória do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT), membros de sua campanha querem fugir do clima bélico com o atual presidente Jair Bolsonaro (PL) para não dificultarem mais ainda a transição entre governos. A ordem no PT e em partidos aliados é esquecer as polêmicas de Bolsonaro e manter o foco no futuro: a formação do novo governo Lula e a estruturação de uma maioria no Congresso que irá assumir em 2023.

Os petistas estão se organizando para mais dois meses de instabilidade política e resistência dos bolsonaristas mais radicais em aceitar o resultado das urnas, em especial, após o presidente evitar desmobilizar a militância no primeiro pronunciamento que fez depois das eleições na tarde da terça-feira (1). 

Nesta quinta-feira (3), após o feriado, começa oficialmente a transição entre os governos. O escolhido para ser o coordenador do processo foi o vice-presidente eleito, Geraldo Alckmin (PSB), que irá trabalhar em conjunto com a presidente nacional do PT, a deputada federal reeleita Gleisi Hoffmann (PT), e o ex-ministro e fundador Aloizio Mercadante (PT).

O objetivo é iniciar a transição destacando o acesso a dados do governo federal e sem afobação para anunciar nomes de ministros, até porque essa articulação passa pela prioridade do governo eleito no momento, que é buscar uma maioria no Congresso para o ano que vem.

A deputada Gleisi que está na frente dos diálogos e vem negociando com outras lideranças, que são aliados em potencial, como o presidente do MDB, Baleia Rossi (MDB). Mesmo que uma ala do partido esteja frustrada com Lula por ele ter chamado o ex-presidente Michel Temer (MDB) de “golpista”, a grande parcela dos emedebistas apoiam Lula abertamente, incluindo a senadora Simone Tebet (MDB), que foi candidata a presidente pela sigla, e provavelmente, assumirá cargos como ministra.

Segundo as informações do Metrópoles, as conversas também já estão avançadas com o PSD. O presidente do partido Gilberto Kassab (PSD), já antecipou que deve fazer parte da base aliada no plano federal. Outros partidos que não estão na base de Bolsonaro atualmente, como Cidadania, União Brasil e PSDB, também serão chamados pelos petistas para conversar.

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