Saúde

Pela 1ª vez em 6 meses, estados têm menos de 90% das UTIs ocupadas

Última vez que indicadores chegaram a nível inferior a 90% foi em dezembro de 2020, quando pandemia arrefeceu

  • quarta-feira, 14 de julho de 2021

Foto: CNNLeitos de UTI para pacientes com Covid-19
Leitos de UTI para pacientes com Covid-19

Dados do Observatório Covid-19 divulgados pela Fiocruz nesta quarta-feira (14/7) mostram que, pela primeira vez desde dezembro de 2020, nenhum estado tem taxa de ocupação de leitos de UTI Covid-19 no Sistema Único de Saúde (SUS) superior a 90%. O levantamento corresponde aos dados da semana mais recente, de 4 a 10 de julho.

Pesquisadores da instituição ressaltaram que esta é a terceira semana seguida com redução nos números de incidência e mortalidade pelo vírus da Covid-19. O indicador médio de queda é de 2% por dia, percentual ainda alto. Já a taxa de letalidade segue em 3%, também considerada alta.

Quatro capitais ainda têm taxas de ocupação de leitos de UTI Covid-19 iguais ou superiores a 80%: São Luís (81%), Rio de Janeiro (81%), Goiânia (82%) e Brasília (80%). A nível estadual, apenas Rondônia, Amazonas, Pará, Tocantins e Goiás apresentaram crescimento no número de leitos ocupados.

Segundo os pesquisadores, os dados podem indicar um processo de arrefecimento mais duradouro da pandemia no Brasil para os próximos meses. Eles destacam também que o levantamento mostra o efeito da vacinação no andamento da Covid-19 no país.

“Com a vacinação, o número de óbitos e internações diminui entre os grupos de risco ou grupos prioritários. É o caso de idosos e portadores de doenças crônicas, por exemplo. Ao mesmo tempo, a transmissão permanece intensa entres aqueles que ainda não foram imunizados”, escrevem.

Eles destacam, no entanto, que a intensificação da campanha de vacinação não é suficiente para conter o vírus. Ainda é necessário que haja “adequação das práticas de vigilância em saúde, reforço da atenção primária à saúde, além do amplo emprego de medidas de proteção individual, como o uso de máscaras e o distanciamento físico”.

Com informações do Metrópoles

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