Pega na mentira! Veja 5 falsidades do discurso de Bolsonaro

Neste domingo (6), durante um evento na Avenida Paulista, o ex-presidente Jair Bolsonaro voltou a fazer uma série de alegações falsas sobre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o Supremo Tribunal Federal (STF) e o Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Essas declarações, já refutadas por agências de checagem como a Lupa e a Reuters, fazem parte de uma narrativa repetitiva de deslegitimação das instituições democráticas.

1. Sigilo do inquérito do TSE

Bolsonaro afirmou que o ministro Alexandre de Moraes teria colocado sob sigilo um inquérito da Polícia Federal sobre possíveis falhas no sistema eleitoral. No entanto, o inquérito já tramitava em sigilo desde o seu início, o que é uma prática comum nesse tipo de investigação. Não houve qualquer alteração posterior por parte de Moraes nesse sentido.

2. Vídeo manipulado de Lula

O ex-presidente também mencionou novamente um vídeo editado, no qual distorcem falas de Lula, sugerindo que o atual presidente teria defendido o roubo de celulares para comprar cerveja. O vídeo é falso e já foi desmentido anteriormente — trata-se de um corte manipulado que altera o contexto da fala original.

3. Lula e censura nas redes sociais

Bolsonaro acusou Lula de tentar censurar as redes sociais. Essa afirmação não tem fundamento em nenhuma política oficial do governo. O que está sendo discutido no Congresso e no Judiciário são mecanismos de responsabilização para combater a desinformação e crimes digitais — um debate que ocorre em diversos países democráticos.

4. STF e interferência entre poderes

Outra crítica feita por Bolsonaro foi a suposta interferência indevida do STF nos outros poderes. Essa crítica desconsidera o papel constitucional da Corte, que tem agido dentro de suas atribuições legais em questões complexas, incluindo temas relacionados à democracia e à integridade eleitoral.

5. Manipulação das eleições de 2022

Bolsonaro ainda alegou que o TSE teria manipulado as eleições presidenciais de 2022. Essa acusação infundada já foi refutada por várias instâncias técnicas, tanto nacionais quanto internacionais, que atestaram a legitimidade do processo eleitoral brasileiro.

Ao repetir essas alegações falsas, especialmente em um momento em que responde a processos na Justiça por tentativa de golpe e ataques à democracia, Bolsonaro reforça a estratégia de desinformação que permeou seus discursos antes, durante e após as eleições.

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