OMS: critério para escolher vacinas é a ciência e não a nacionalidade
Porta-voz foi questionada sobre a posição do Brasil de não comprar a vacina produzida pelo laboratório chinês Sinovac Biontech

A Organização Mundial da Saúde (OMS) se posicionou nesta sexta-feira (23/10) sobre o embate que envolve a decisão do governo brasileiro de cancelar acordo para compra da vacina contra a Covid-19 do laboratório chinês Sinovac Biontech.
Porta-voz da entidade, Margaret Harris, disse que a escolha do imunizante deve ser baseada em comprovações científicas e não na origem do produto.
“Nós escolhemos a ciência. Não é a respeito da nacionalidade, e essa é a beleza de ser multilateral, esse é o ponto da ONU. Nós escolhemos a ciência e deveremos escolher a melhor vacina”, afirmou.
Margaret destacou ainda que a entidade não apoiará nenhuma vacina em particular até que os laboratórios desenvolvedores apresentem resultados consistentes sobre o mais alto padrão de segurança e o nível certo de eficácia.
Essa semana, o país acompanhou as discussões entre o governo federal e o estado de São Paulo sobre a compra da Coronavac, apadrinhada pelo governador João Dória (PSDB).
Um dia após o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, anunciar um protocolo de intenção de compra de 46 milhões de doses da vacina desenvolvida na China e em parceria com o Instituto Butantan, de São Paulo, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) afirmou que o Brasil não irá comprar a “vacina da China”.
“O Brasil não deve baixar a guarda”, diz OMS sobre situação da Covid-19
A segunda onda da Covid-19 vem assustando países da Europa que já tinham controlado o vírus. No Brasil, entretanto, a curva de óbitos e contágios vem caindo nas últimas semanas.
“Estamos felizes que o número de casos vem baixando no Brasil, mas, ao mesmo tempo, não se deve abaixar a guarda”, afirmou o diretor-geral da Organização Mundial de Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, em entrevista coletiva na tarde desta sexta (23/10).

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