Fórum - Imagem do satélite DSCOVR, da NASA (Administração Nacional da Aeronáutica e Espaço, na sigla em inglês) revela que a fumaça sobre o Brasil decorrente das queimadas criminosas está sendo vista no espaço, a uma distância de mais de 1,5 milhão de quilômetros da Terra.

Segundo o MetSul, a imagem foi divulgada na quinta-feira (12) e mostra "o corredor extenso de fumaça pelo interior da América do Sul da região amazônica até o Sul do Brasil, cobrindo ainda várias regiões do território brasileiro".

Segundo a agência meteorológica, o satélite Deep Space Climate Observatory, ou DSCOVR como é conhecido, foi lançado em 2015 e monitora em tempo real o vento solar, uma variável essencial para previsões e alertas sobre o tempo.

Frente fria

A MetSul ainda emitiu um alerta neste sábado (14) sobre a piora na qualidade do ar no interior e na capital de São Paulo, que deve registar uma nova frente fria entre este domingo (15) e segunda-feira (16).

"Normalmente, antes da chegada de uma frente fria, não apenas há uma elevação maior da temperatura como um aumento da concentração de poluentes atmosféricos sob ar seco", diz a nota da agência.

Segundo a MetSul, a frente fria que avança pelo sul do país traz correntes que empurram a fumaça do Mato Grosso do Sul para São Paulo.

A agência afirma ainda que o número de focos de calor nos primeiros 13 dias do mês de setembro no estado de São Paulo foi de 1.752, muito acima da média histórica mensal de setembro inteiro entre 1998 e 2023 de 848.

"O mês se encaminha para ser o pior setembro de fogo em São Paulo desde o começo das medições pelo Inpe. O setembro com maior número de focos de calor até hoje no estado foi o de 2020 com 2.254".

A fuligem no ar, que piora a qualidade e influencia na saúde das pessoas, fez com que a capital paulista superasse Nova Déli, na Índia, se colocando como a cidade com mais poluição do mundo nesta sexta-feira, segundo registro da agência austríaca IQAir.

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