A costureira Dayanara Spring, de 30 anos, viveu uma reviravolta inesperada ao registrar um boletim de ocorrência em Curitiba após ser assaltada. Na delegacia, foi informada de que seu nome constava no banco de dados de pessoas desaparecidas há 11 anos. “O policial me disse que meu nome estava na lista de desaparecidos”, contou Dayanara.

Recentemente retornando de uma viagem à China, ela inicialmente acreditou que seus documentos haviam sido utilizados de forma indevida. No entanto, a realidade era bem diferente. O desaparecimento de Dayanara foi registrado em 2008, quando, aos 13 anos, fugiu de casa para morar com uma amiga em Toledo, Paraná.

Após o incidente, Dayanara voltou a viver com sua tia, mas o registro de desaparecimento nunca foi removido. Durante os 11 anos em que foi considerada desaparecida, ela obteve CPF, carteira de trabalho, passaporte, casou-se e teve uma filha, sem nunca ser informada sobre sua situação.

O erro só foi esclarecido em 2019, quando Dayanara fez o boletim de ocorrência e recebeu a confirmação de que não estava mais no banco de dados. As autoridades explicaram que a falha ocorreu porque Toledo ainda utilizava um sistema de arquivos em papel na época, resultando na falta de atualização do registro de desaparecimento.

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