Merlong Solano garante: governo não vai mexer no BPC como medida para o corte de gastos

O deputado federal Merlong Solano gravou entrevista hoje no pensarpiauí. A íntegra será exibida amanhã pela manhã. O deputado falou de seu mandato, da sucessão de Arthur Lira na presidencia da Câmara e de vários outros assuntos. Mas na entrevista ele foi enfático sobre o debate que envolve os ministérios da Fazenda e do Planejamento: "o governo não vai mexer no Benefício de Prestação Continuada (BPC) como medida para o corte de gastos", garantiu Merlong Solano. 

O governo federal está avaliando mudanças em políticas de proteção ao trabalhador como parte de um pacote de cortes de gastos, visando reduzir entre R$ 30 bilhões e R$ 50 bilhões das despesas públicas. Entre as propostas em discussão, estão a revisão da multa de 40% do FGTS em casos de demissão sem justa causa e mudanças no seguro-desemprego. Uma ideia é usar parte dessa multa para financiar o seguro-desemprego, o que diminuiria os gastos com o benefício. Além disso, o governo cogita transformar a multa do FGTS em um imposto para empresas com altos índices de demissão, visando desincentivar demissões em massa.

Outras medidas discutidas incluem a revisão do abono salarial e do Benefício de Prestação Continuada (BPC), buscando maior sustentabilidade fiscal a longo prazo. Apesar dessas mudanças, a política de ganho real do salário mínimo está fora das negociações. Os ministros Fernando Haddad e Simone Tebet estão liderando as discussões, e estima-se que o pacote possa abrir um espaço fiscal de até R$ 20 bilhões.

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