Política

Hugo Motta demite 465 servidores da Câmara dos Deputados

A decisão pegou de surpresa os servidores exonerados, que não foram comunicados previamente, nem por seus respectivos deputados


Reprodução Hugo Motta demite 465 servidores da Câmara dos Deputados
Hugo Motta demite 465 servidores Câmara dos Deputados

O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), realizou uma exoneração em massa de servidores comissionados na Casa, publicada no Diário Oficial da União no dia 7 de fevereiro. A medida afetou 465 servidores que ocupavam cargos de natureza especial (CNEs), os quais são conhecidos por seus salários elevados e por serem indicados por parlamentares.

A decisão pegou de surpresa os servidores exonerados, que não foram comunicados previamente, nem por seus respectivos deputados. Contudo, parlamentares minimizam o impacto, ressaltando que esse tipo de movimentação é comum quando há uma mudança na gestão da Câmara. A expectativa agora é que, após a reestruturação da Mesa Diretora, haja renegociações de indicações e recuperação de espaços.

Os cargos exonerados, como Assistente Técnico de Gabinete e Assessor Técnico Adjunto, são destinados ao assessoramento da Mesa Diretora, lideranças partidárias, comissões temáticas e outros órgãos administrativos da Casa. Conforme o regimento da Câmara, essas funções têm o objetivo de fornecer suporte técnico e operacional aos diferentes setores institucionais.

Essa exoneração acontece em um momento de transição de gestão e pode refletir uma reorganização interna, com a intenção de ajustar a estrutura administrativa e acomodar questões políticas. A nova configuração dos cargos comissionados será definida nos próximos dias, conforme as negociações entre líderes partidários e a Mesa Diretora.

Reparação de Danos

Recém-empossado, o presidente da Câmara, Hugo Motta, procurou ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) após minimizar o ataque de 8 de janeiro de 2023, em Brasília, e negar que o episódio tivesse sido uma tentativa de golpe. De acordo com aliados, ele conversou com os ministros para evitar que o “ruído” sobre o tema crescesse.

O presidente se reuniu com o ministro Alexandre de Moraes, relator dos processos sobre o ataque, e com Gilmar Mendes. Nas conversas, Motta argumentou que as condenações dos envolvidos no ataque haviam gerado um sentimento de vitimização, e defendeu que penas mais duras fossem aplicadas apenas a quem tivesse vandalizado os prédios dos Três Poderes.

Ele também afirmou que aqueles que não cometeram vandalismo deveriam ser submetidos a penas mais brandas. Os ministros elogiaram sua disposição para o diálogo, mas reforçaram que a maioria dos condenados depredou os edifícios, e que a sentença da ampla maioria da população foi favorável às punições aplicadas.

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