Saúde

Homem com pernas amputadas é abandonado fora do hospital no RJ

O paciente ainda usando uma sonda quando foi deixado sozinho na calçada sem qualquer assistência


Foto: ReproduçãoHomem com pernas amputadas é abandonado fora do hospital
Homem com pernas amputadas é abandonado fora do hospital

Um homem que teve as pernas amputadas foi abandonado por profissionais de saúde na porta do Hospital Municipal Pedro II em Santa Cruz, no Rio de Janeiro, na segunda-feira (10). O paciente ainda estava usando uma sonda quando foi deixado sozinho na calçada sem qualquer amparo.

Foi uma professora identificada como Tatiana Cristina de Almeida Borges, de 44 anos, que o encontrou. Em nota, a Secretaria Municipal de Saúde informou que os dois funcionários foram demitidos. 

“Nós o encontramos um pouco mais longe da porta do hospital. Os lojistas que estavam lá contaram que os maqueiros falaram que iam deixar em um lugar mais distante para não dar problema para eles. Acontece que a gente que levou ele para a porta. Ele estava de fralda, de sonda, sem condições de resolver nada. Deixaram ele ali podendo pegar uma infecção generalizada, sem amparo”, declarou a professora.

Segundo a professora, o paciente foi deixado na rua depois que a assistente social do hospital afirmou que “não poderia fazer mais nada por ele”. O homem preferiu não passar o contato de familiares.

“Eu fiquei indignada com aquilo tudo, então procurei a coordenação do hospital. Eles me falaram que ele não queria ligar para a família e foi uma escolha dele ir embora”, contou.

“Porém, o homem me contou que a assistente social disse que não poderia fazer mais nada por ele e que ele estava ocupando o leito de uma pessoa que precisava. Sendo assim, ele só falou que poderiam tirá-lo dali. Acontece que ele claramente não poderia ser deixado daquele jeito no meio da rua, jogaram feito um lixo”, prosseguiu.

A direção do Hospital Municipal Pedro II se posicionou sobre o caso. 

Veja o comunicado na íntegra:

A direção do Hospital Municipal Pedro II informa que o homem foi deixado no hospital por um abrigo de Búzios, sem qualquer indicação de atendimento médico no momento. O Serviço Social tentava articulação com uma instituição de acolhimento para recebê-lo, quando outros funcionários atenderam ao pedido do usuário para ser levado para fora, pois ele se negava a permanecer no hospital, informando que teria alguém para buscá-lo. Ao ser observado que não havia ninguém para buscá-lo, mesmo contra a vontade do usuário, a unidade o mantém sob guarda, até que o Serviço Social consiga encaminhá-lo para uma instituição de acolhimento, uma vez que não tem familiares próximos para recebê-lo.

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