Segurança Pública

Gerente da Caixa preso liberou 179 contratos fraudados

Ele foi preso no âmbito da operação Smart Fake, deflagrada pela PF em Teresina na quarta-feira (6)


Reprodução Gerente da Caixa preso liberou 179 contratos fraudados
Funcionário da Caixa é envolvido em fraudes de R$ 20 milhões no Piauí

O desvio de recursos da Caixa Econômica Federal da avenida José dos Santos e Silva, em Teresina vai além dos milhões. De acordo com as informações, o ex-gerente preso durante a operação assinou pelo menos 179 contratos suspeitos de fraudes que foram firmados por 15 empresas diferentes.

A ação da Polícia Federal teve 12 alvos de mandados de busca e apreensão, determinados pela 3ª Vara da Justiça Federal de Teresina, que culminaram na operação denominada “Smart Fake”, deflagrada na última quarta-feira (6).

Relembre:

A Operação Smart Fake, que investiga um esquema criminoso de fraude de empréstimos na Caixa Econômica Federal, tem como um de seus alvos um funcionário da própria instituição. Contra ele, foi cumprido um mandado de busca e apreensão, mas ainda não houve prisão. A ação ocorreu nas cidades de Teresina (PI), Pedro II e Timon (MA), resultando na detenção de quatro pessoas. O prejuízo causado aos cofres públicos é superior a R$ 20 milhões.

De acordo com o delegado da Polícia Federal Marco Antônio Nunes, "existe uma dúvida sobre a forma como ele atuava, por isso preferimos agir com cautela [...] até agora, apenas o funcionário foi alvo das investigações".

O esquema funcionava da seguinte maneira: quando uma empresa encerrava suas atividades ou entrava em falência, um contador entrava em contato com membros da quadrilha, que recrutavam os empresários. O grupo alegava poder obter empréstimos junto à Caixa Econômica, mas sem a intenção de pagar as dívidas. Após a fraude, o nome do titular da empresa ficava negativado por até cinco anos, mas ele recebia parte do valor do empréstimo. Algumas empresas sabiam da fraude, enquanto outras tiveram seus documentos usados sem o seu conhecimento.

Como foi a operação?

A investigação teve início após a denúncia de um empresário de Teresina, que relatou a solicitação de um empréstimo fraudulento em nome de sua empresa, com faturamento falsificado e sem a intenção de pagamento. A Polícia Federal descobriu outros contratos fraudulentos e identificou movimentações financeiras suspeitas. Também foi constatado que vários CNPJs estavam baixados ou inaptos na Receita Federal após o uso do crédito fraudado.

Além das prisões, a operação incluiu o sequestro de bens dos investigados. Os envolvidos podem responder por crimes como estelionato qualificado, organização criminosa, falsificação de documentos, entre outros que possam ser identificados ao longo da investigação.

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