Gás de graça! Lula vai enviar projeto ao Congresso, extrema direita vai aprovar ?
Extrema-direita deve votar contra para minar popularidade de Lula
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) anunciou nesta quinta-feira (13), em visita ao Amapá, que o governo federal está finalizando um projeto para fornecer gás de cozinha gratuito a 22 milhões de famílias em situação de vulnerabilidade. A iniciativa faz parte de um pacote de medidas para reduzir o custo de vida da população de baixa renda e promete gerar impacto positivo direto na vida de milhões de brasileiros.
O projeto, no entanto, deve enfrentar forte resistência da extrema-direita no Congresso. Parlamentares da oposição já sinalizam que poderão se posicionar contra a proposta, adotando uma estratégia para tentar desgastar a imagem do presidente e impedir que ele capitalize politicamente com a medida. A mesma tática já foi usada contra outras políticas sociais da gestão petista, como a ampliação do Bolsa Família e a desoneração da cesta básica.
Segundo Lula, o gás de cozinha tem um preço acessível quando sai da Petrobras, mas se torna um peso no orçamento das famílias mais pobres devido às margens aplicadas pelas distribuidoras. "O gás faz parte da cesta básica. Sai por R$ 36 da Petrobras e chega nos estados a R$ 130, R$ 140, R$ 150. Não é justo isso. Enquanto o rico não paga imposto de renda, o pobre paga imposto no gás, no feijão, no arroz, que agora está sendo isentado na política tributária que fizemos", afirmou o presidente.
A proposta, que avança com o programa Gás Para Todos, substituirá o atual Auxílio Gás, que atende 5 milhões de famílias com um custo anual de R$ 3,7 bilhões. A nova medida garantirá a gratuidade do botijão para um público quatro vezes maior, ampliando o impacto social da política.
A extrema-direita, que historicamente se opõe a políticas de distribuição de renda, tende a contestar a viabilidade econômica do programa e levantar dúvidas sobre sua execução. No entanto, a resistência ideológica pode levar a um impasse político, colocando os interesses eleitorais acima das necessidades da população carente.
O anúncio foi feito durante visita de Lula ao Amapá, onde também revelou investimentos na infraestrutura local. No Porto de Santana, ele confirmou o arrendamento do terminal MCP03, que receberá R$ 89 milhões em modernização nos próximos 25 anos. Lula também entregou 282 unidades habitacionais em Macapá pelo programa Minha Casa, Minha Vida e assinou a doação de terras para regularização fundiária.
Ao lado de aliados como o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), e o senador Randolfe Rodrigues (PT-AP), Lula reforçou sua visão para o futuro do Brasil como uma nação de classe média, longe da dependência de programas sociais. "Tem dois momentos na história do Brasil em que o povo foi beneficiado: um com Getúlio Vargas e outro foi conosco, que colocamos o pobre no orçamento. Se eles não gostam que o povo tenha dinheiro na mão, vão ficar com mais raiva de mim", provocou o presidente.
Agora, resta saber se a extrema-direita terá coragem de votar contra um projeto que garante um alívio financeiro direto para as famílias mais vulneráveis. A votação promete ser um teste para medir até onde vai a oposição ao governo Lula e o compromisso real dos parlamentares com a população brasileira.
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