Política

Energia e tecnologia de qualidade, erguidas num drama social

Energia e tecnologia de qualidade, erguidas num drama social

  • quinta-feira, 24 de dezembro de 2015

Foto: Googledrama social
drama social
Várias empresas de energia eólica estão investindo no Piauí. O que significa que isso vem contribuindo para o crescimento e o desenvolvimento do Estado, via produção de energia limpa e renovável, que de alguma forma beneficia o piauiense.
Os principais locais que estão sendo explorados pelas empresas, são as regiões litorânea do Piauí, que tem ventos que sopram uniformemente, e o outro local, é a região sul do estado, mais precisamente a Serra do Inácio, comunidade rural localizada há 60 quilômetros do município de Curral Novo, onde foi implantada uma das maiores subestações eólicas do Brasil
Porém na comunidade moram 140 famílias e 40 delas vivem abaixo da linha da pobreza, 96 famílias da comunidade não tem energia elétrica e muito menos água potável. Para ter acesso a alguma fonte de água elas tem que se deslocar para um município do Estado de Pernambuco que fica há 12 quilômetros do povoado ou esperar o carro pipa que abastece a comunidade. É a contra mão do desenvolvimento e do avanço tecnológico. Energia e tecnologia de qualidade, erguidas num drama social.
A denúncia foi feita pelo vereador Luciano César, do Partido dos Trabalhadores, do município de Simões-PI. Segundo ele, a empresa chegou ao local a dois anos e nada foi feito para que essas famílias tivessem uma melhoria de vida. “Ao chegarem no local, os empresários prometeram investir no social e até agora nada foi feito. O povo vive ao lado de um grande investimento, sem comida, em extrema miséria, sem energia, as crianças dormem no chão de areia e as vezes cavam buracos para não sentirem frio”, frisou Luciano.
Ainda segundo ele, as famílias vivem do Bolsa Família e da plantação de mandioca, única fonte de renda. Luciano alerta que depois que as torres foram montadas em suas propriedades, eles correm o risco de perder também espaço para produção da mandioca.
Em média seis pessoas, entre adultos e crianças, moram em casas de taipa pequenas, sem portas, sem qualquer proteção da chuva e do sol. “Com todos os investimentos que o governo do Piauí já fez para que estas empresas se instalassem aqui em nosso estado, não deveríamos mais vivenciar uma situação dessas, onde famílias vivem de forma sub humana. Está na hora das próprias empresas investirem no social”, concluiu Luciano Cesar.
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