Ela queria prestar concurso para entrar na PF e matar agentes
Késsia Raney Rodrigues Pinheiro, de 38 anos, foi presa na manhã desta quinta-feira (22/5) durante a Operação Covil

Késsia Raney Rodrigues Pinheiro, de 38 anos, foi presa na manhã desta quinta-feira (22/5) durante a Operação Covil, deflagrada pela Força Integrada de Combate ao Crime Organizado do Pará (Ficco-PA). Conhecida pelo codinome “Allana”, ela é apontada como uma das principais lideranças do Comando Vermelho Rogério Lemgruber do Pará (CVRL/PA).
Segundo as investigações, Késsia não apenas participava de um grupo de estudos para ser aprovada em concurso público e ingressar na Polícia Federal, mas também planejava, a partir dessa posição, executar missões de represália contra agentes da segurança pública do Pará.
De acordo com a polícia, Késsia e Danilo da Silva Ramos, conhecido como “Marolado” — preso simultaneamente em Manaus (AM) — atuavam como idealizadores de ações criminosas que incluíam atentados contra a vida de policiais e outros servidores da segurança pública.
Ainda conforme a apuração, Késsia exercia diversas funções estratégicas na facção: era administradora geral, orientadora e tesoureira da célula criminosa instalada em São Sebastião da Boa Vista (PA), município localizado na região do Marajó, considerado um ponto estratégico para o tráfico de drogas e armas no estado. Já “Marolado” articulava a compra e envio de entorpecentes de Manaus para abastecer o Pará, além de atuar em funções disciplinares em bairros de Belém, como Umarizal e Nazaré.
As investigações, conduzidas pelo Grupo de Trabalho de Facções Criminosas (GTF) e pelo Núcleo de Inteligência Policial (NIP) da Polícia Civil do Pará, apontaram que o grupo pretendia expandir sua atuação no tráfico interestadual e consolidar uma estrutura paramilitar para confrontar as forças de segurança.
Durante o cumprimento dos mandados de prisão e busca, realizados em Sobradinho (DF) e em Manaus, foram apreendidos documentos que comprovaram a participação de Késsia em atividades preparatórias para concursos públicos na área policial, reforçando a suspeita de que sua tentativa de ingresso na Polícia Federal visava facilitar a continuidade das ações criminosas de dentro da estrutura estatal.
A Operação Covil foi coordenada pela Ficco-PA, com apoio de forças integradas do Distrito Federal e do Amazonas, além de unidades de inteligência da Polícia Civil e da Polícia Federal.
As informações são da coluna de Mirelle Pinheiro, no portal Metrópoles.
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