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“É dever do Congresso aprovar”, diz Merlong sobre isenção de IR até R$ 5 mil

Se o projeto for aprovado, mais de 26 milhões de brasileiros que declaram Imposto de Renda estarão isentos de pagamento


Reprodução “É dever do Congresso aprovar”, diz Merlong sobre isenção de IR até R$ 5 mil
“É dever do Congresso aprovar”, diz Merlong sobre isenção de IR até R$ 5 mil

O presidente Lula enviou ao Congresso nesta terça-feira (18) um projeto de lei que propõe a isenção do Imposto de Renda (IR) para pessoas com renda de até R$ 5 mil mensais, além de um desconto para aqueles que ganham entre R$ 5 mil e R$ 7 mil por mês, a partir do próximo ano. O deputado federal Merlong Solano (PT), economista e relator da Medida Provisória que garantiu o aumento real do salário mínimo e ampliou a faixa de isenção do IR para até dois salários mínimos, considera a proposta um avanço importante para os trabalhadores brasileiros, permitindo que 90% dos contribuintes tenham mais recursos no final do mês.

Solano enfatizou o impacto econômico e social da proposta, afirmando que é responsabilidade do Congresso aprovar a reforma. "O que o presidente Lula está pedindo ao Congresso é justiça social e tributária, para proteger a renda dos mais pobres. Com mais recursos, as pessoas podem cumprir suas obrigações com mais facilidade, consumir mais e, assim, impulsionar o crescimento econômico. Além da justiça tributária, estamos falando de 141 mil brasileiros que ganham mais de R$ 600 mil por ano e que começarão a contribuir para que 10 milhões de pessoas não precisem pagar Imposto de Renda. Isso faz justiça com mais de 20 milhões de trabalhadores”, destacou o deputado.

Se o projeto for aprovado, mais de 26 milhões de brasileiros que declaram Imposto de Renda estarão isentos de pagamento. Para compensar a perda de arrecadação, estimada em R$ 27 bilhões em 2026, a proposta sugere uma tributação progressiva para quem ganha mais de R$ 50 mil mensais (ou R$ 600 mil anuais), podendo chegar a 10% para aqueles que ganham mais de R$ 1 milhão por ano.

Tabela Defasada

Merlong ressaltou que, embora o Brasil cobre o Imposto de Renda do trabalho, o imposto sobre o capital ainda não é adequadamente cobrado, e lembrou que a proposta do governo federal visa corrigir a defasagem histórica na tabela do Imposto de Renda. “De 2015 a 2022, a isenção ficou congelada. O presidente Lula começou a cumprir uma promessa de campanha e, desde 2023, estamos aprimorando essa tabela. Quando fui relator da MP do salário mínimo, conseguimos elevar a faixa de isenção de R$ 1.903 para R$ 2.640, na época equivalente a dois salários mínimos. Em 2024, a faixa de isenção subiu para R$ 2.824. Em 2025, todos os que ganham dois salários mínimos, ou seja, R$ 3.036, estarão isentos. Com menos imposto retido, a renda aumenta, proporcionando mais recursos para gastos essenciais, lazer e investimentos", explicou o parlamentar petista.

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