Cúpula da Petrobras receberá prêmio de R$ 13,1 milhões
Os diretores da empresa terão uma remuneração de R$ 37 milhões entre abril deste ano e maio próximo
A Petrobras anunciou, na última quinta-feira (10), um novo reajuste no preços dos combustíveis. Enquanto o consumidor já se preocupa com o prejuízo, a poupança dos militares no governo Bolsonaro só aumenta, e um general vive bonança particularmente generosa. Isso porque a estatal deve premiar os seus principais diretores, incluindo o presidente, Joaquim Silva e Luna, com um pomposo bônus até o final do ano.
De acordo com o blog Capital, do jornal O Globo, os acionistas vão votar uma proposta que prevê a distribuição de R$ 13,1 milhões dentro do prêmio do Programa Prêmio por Performance (PPP).
Não é possível saber exatamente quanto Silva e Luna vai receber. Porém, o montante será dividido apenas entre nove integrantes da diretoria, o que garante que cada um receberá, no mínimo, R$ 1,45 milhão. Considerando-se também salário e outros benefícios, os noves diretores da petrolífera terão uma remuneração global de R$ 37 milhões entre abril deste ano e maio do ano que vem — uma média mensal de R$ 342,6 mil para cada um.
O bônus da Petrobras aos diretores não é pago de uma só vez: eles recebem 60% em uma parcela à vista, e o restante é pago ao longo dos quatro anos seguintes. Para o adicional ser pago, a companhia precisa ter batido certas metas, como a evolução da dívida e do lucro e até o controle da emissão de gases do efeito estufa e de vazamentos de petróleo.
Com a escalada do preço dos combustíveis, a Petrobras teve no ano passado o maior lucro de sua história, de R$ 106,7 bilhões. O valor do bônus deste ano, no entanto, será quase o mesmo que o distribuído em 2021.
Em abril do ano passado, Silva e Luna recebeu um bônus “relâmpago” de R$ 221 mil a título de indenização, pois trabalhava na Itaipu Binacional, antes de assumir na Petrobras.
A proposta de remuneração aos diretores da Petrobras será votada pelos acionistas em assembleia em 13 de abril. Na mesma ocasião, eles vão decidir sobre a nova composição do conselho. O governo indicou para a presidência do colegiado o bolsonarista Rodolfo Landim, presidente do Flamengo.
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